O café arábica domina o mercado mundial de café junto ao robusta, mas sua jornada começou há muito tempo, lá na Etiópia. É dito que os pés de café selvagem eram nativos da Etiópia e foram descobertos após os pastores observarem o aumento energético que as cabras tinham após consumir as bagas de café.
Da Etiópia, o café arábica passou a ser plantado no Iêmen e, de lá, se propagou para os diferentes territórios da península árabe. Hoje, o café arábica é consumido em todas as partes do mundo, sendo produzido principalmente na Etiópia e no Brasil.
Vamos nos aprofundar mais sobre o café arábica?
O café arábica é o fruto do grão do cafeeiro-arábica (Coffea arabica), uma das primeiras espécies de café a serem produzidas, sendo disseminada pelos árabes, por isso leva este nome.
O cultivo do café arábica ocorre em climas subtropicais como a planta Coffea Arabica com temperaturas entre 15°C e 24°C e em altitudes superiores a 800 metros. Além disso, a planta também gosta de estar na sombra.
No Brasil, os estados de Minas Gerais, Bahia e São Paulo dominam a produção nacional, produzindo, cada um, além do “tradicional” arábica outras variantes.
Os sabores do arábica podem ser diferentes dependendo do tipo de grão e torra que você compra.
Conhecido por ter um sabor suavemente adocicado, o café arábica também pode ter um sabor mesclado com chocolate, caramelo e nozes. Ou seja, uma sutileza frutada e o aroma fresco de bagas podem também se fazer presentes, acompanhados por uma leve acidez e um toque de amargor.
Para preservar esses sabores ricos, é essencial armazenar os grãos de café corretamente, enquanto o método de preparo conhecido como café a frio pode potencializar ainda mais suas nuances doces.
O arábica recebe muitos elogios por seu sabor suave e doce, com notas que variam de chocolate e frutas. Por outro lado, o café robusta é conhecido por seu sabor mais forte e amargo, muitas vezes acompanhado de tons granulados ou emborrachados. A preferência pelo sabor é uma escolha pessoal, mas há mais do que apenas o gosto para considerar.
Por exemplo, ambas as espécies, arábica e robusta, recebem influências pelo ambiente onde estão cultivadas. O arábica, por exemplo, é mais exigente, prosperando em altitudes mais elevadas e em condições específicas de clima e solo. Isso resulta em grãos com características únicas. Por outro lado, o café robusta é mais resistente, crescendo bem em altitudes mais baixas e em ambientes com maior umidade.
O café robusta contém mais cafeína do que o arábica, o que pode ser uma consideração importante para os amantes de café que buscam um impulso energético extra. Além disso, o robusta é conhecido por seus altos níveis de ácidos clorogênicos, antioxidantes naturais que desempenham um papel na saúde. No entanto, esses ácidos podem introduzir sabores indesejados em certos casos.
Então, apesar de muitos preferirem o café arábica pelo sabor, outros optam pelo robusta pela economia e pela cafeína adicional. Assim, o melhor café vai variar de acordo com a preferência de cada pessoa.
Algumas marcas trazem o termo “café 100% arábica” em suas embalagens e rótulos de café, designando aquele produto como elaborado inteiramente com grãos provenientes da espécie Arábica de café.
Porém, mesmo que o café seja “100% Arábica” não quer dizer que seja melhor, já que os grãos Arábica variam em qualidade.
Existem inúmeras variedades e “cultivares” da planta arábica, entretanto, cada uma carregando suas próprias características. Na própria Etiópia, existem algumas variações selvagens, além de variações que permanecem nativas apenas lá.
As principais variações do Arábica são Bourbon e Typica.
O Typica originou-se da adaptação do arábica etíope plantado no Iêmen, após isso, replantado na ilha indonésia de Java, sofrendo nova mutação. O Typica, atualmente, pode ser encontrado em diversos países, como Equador e México.
Enquanto isso, o Bourbon teve origem semelhante: nasceu numa fazenda no Iêmen, mas ao invés de ser plantado na ilha de Java, foi levado para Île Bourbon, uma ilha francesa ao leste de Madagascar. Lá, sofreu mutações e criou uma nova variante, mais doce e equilibrada do que o Typica.
Além disso, existe também uma variante do Café Arábica conhecida como Maragogype, que acreditam ter surgido de uma mutação do café Typica em Maragogipe, na Bahia.
Gostou? Agora que você já sabe o que é o café arábica, que tal aprender como uma das maiores empresas do agronegócio brasileiro está utilizando o metaverso como uma ferramenta de comunicação? Saiba mais.
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