A Web3 é a ideia de internet baseada na tecnologia blockchain, permitindo a descentralização de aplicativos e maior privacidade e segurança.
Essa ideia está em desenvolvimento em sua fase inicial, mas vem ganhando força com o avanço das criptomoedas e adoção de NFTs e da tecnologia blockchain no dia a dia.
O modelo que utilizamos atualmente é a Web2, termo popularizado por Tim O’Reilly, mas antes disso também passamos pela Web1, criada em 1990.
Para compreendermos melhor o que é a Web3, vamos para um breve resumo de suas versões anteriores.
A primeira versão da internet é conhecida como Web1 e possibilitava a criação de páginas de conteúdo para a web, permitindo que as pessoas pudessem ler as informações publicadas, mas não possibilitava a interação entre o conteúdo.
A Web1 é chamada de “somente-leitura”, porque não possuía forma, recursos visuais, interação e outros recursos que possuímos atualmente.
No geral, a Web1 tinha os seguintes recursos:
A Web1 foi uma revolução na época, dando origem a Web2, que é a internet como conhecemos atualmente.
A internet como conhecemos atualmente é a Web2, a internet das redes sociais e interativa.
Dessa forma, a Web2 evoluiu muito para chegar ao ponto em que estamos, sendo o termo criado por Tim O’Reilly, que o classificou de “web como plataforma”.
Portanto, desse ponto, a Web2 é dinâmica, com participação do usuário final. Um exemplo disso é as redes sociais, onde cada usuário pode comentar, compartilhar fotos, interagir com outros usuários, armazenar fotos, fazer download de diversos arquivos.
A Web1 é conhecida como “somente leitura”, porque o usuário não podia interagir. A Web2 é conhecida como “leitura-gravação”, porque o usuário consegue interagir e registrar informações.
Com a evolução da internet, também entramos na era da publicidade, porque grandes empresas têm controle sobre o tráfego e arrecadam muito com isso, como Google e Facebook.
Um exemplo bem simples de como a Web2 funciona é o Instagram.
Mark Zuckerberg comprou o Instagram por 1 bilhão de dólares, em 2012. Na época, a empresa possuía 30 milhões de usuários.
O Instagram havia disponibilizado seu aplicativo Android no Google. Então, Zuckerberg desenvolveu ao máximo a rede social, que não possuía recursos de monetização. Em suma, com o desenvolvimento do Instagram, a rede social que tinha 30 milhões de usuários, hoje possui cerca de 1.4 bilhão de usuários e é uma das empresas que mais arrecada com publicidade, utilizando a base de dados dos usuários.
Assim, a Web2 é a internet focada nessa utilização dos dados dos usuários com foco na publicidade, sendo isso um dos motivos pelo qual a Web3 está sendo desenvolvida.
Leia também: Web3: Desafios e Benefícios
Na sua raiz, a Web3 utiliza a tecnologia blockchain, criptomoedas e NFTs para garantir poder ao usuário final. Esse modelo de internet propõe uma maior liberdade e privacidade para as pessoas.
A evolução da internet foi clara, enquanto a Web1 permitiu que os usuários pudessem acessar as informações publicadas em sites e páginas web, a Web2 possibilitou a interação.
Assim, a Web3 é a internet descentralizada, que utiliza a tecnologia blockchain para se afastar do poder das grandes empresas e dar mais poder ao usuário final.
Em suma, a Web3 funciona utilizando a blockchain para descentralizar a internet, aprimorando os recursos atuais e tornando a internet mais segura e confiável. A blockchain é a tecnologia que proporcionou a criação de criptomoedas e NFTs, que também fazem parte da Web3.
A Web3 está em seu processo de aprimoramento, pois até para a Web2 demorou anos para chegar ao estágio atual. O termo foi criado por Gavin Wood, cofundador da Ethereum, em 2014.
Diferente da Web2 onde o usuário é o produto, a Web3 propõe mecanismos econômicos que garantem a posse do usuário aos sites. Assim, os usuários podem adquirir parte do site através de tokens, evitando a centralização e monopólio da internet.
A Web3 está sendo desenvolvida com base na liberdade do usuário e privacidade. Nesse modelo, diversos aplicativos baseados em blockchain foram criados, principalmente na blockchain ethereum.
Portanto, alguns aplicativos fornecem empréstimos financeiros, NFTs garantem a propriedade sobre ativos digitais e reais, contratos inteligentes retiram a necessidade de intermediários em negociações e as DAO (organizações autônomas descentralizadas) substituem o modelo tradicional das corporações.
De fato, o desenvolvimento da Web3 ainda está na fase inicial, e há muitos pontos que precisam ter maior desenvolvimento para garantir uma boa experiência para o usuário.
A Web3 não é acessível para a maior parte dos usuários, porque muitos dos aplicativos descentralizados se encontram na blockchain Ethereum que possui um custo alto para realizar transações, afastando o usuário comum.
A integração blockchain-usuário está sendo realizada, visto que muitos sites já aceitam carteiras de criptomoedas como uma maneira de cadastro, mas a velocidade ainda é baixa.
Em um Twitter, Elon Musk ironizou a Web3, justamente pela lentidão no seu desenvolvimento, dizendo: alguém viu a Web3? Não consigo encontrá-la.
Has anyone seen web3? I can’t find it.
— Elon Musk (@elonmusk) December 21, 2021
O processo para a Web3 é lento, mas inevitável. As empresas sabem que terão que se adequar, como a própria Paypal, que Elon Musk já foi proprietário. Em 2020 a Paypal passou a negociar criptomoedas e o CEO demonstrou surpresa com a alta demanda.
No momento, a Web3 é dependente da Web2, mas as empresas e organizações estão estabelecendo o alicerce necessário para o desenvolvimento desse novo modelo de internet com base na descentralização e privacidade.
E parte desse modelo futuro da internet é o metaverso, você pode continuar aprendendo lendo nosso artigo: O que é o metaverso?
INFORMAÇÕES SOBRE AGRISPACE – O METAVERSO DO AGRO contato@culte.com.br ou pelo WhatsApp clicando Aqui!!
Elisa
Gostaria de saber se o Watch está nessa web 3
Cristine Sutil
Sim está