O babaçu é uma espécie de palmeira nativa da região Norte, matéria prima de produtos que vão desde a culinária até a construção de casas.
As folhas secas cobrem telhados e são utilizadas em cestarias, peneiras e chapéus. O tronco do babaçu é aproveitado para construir estruturas de casas.
Portanto, o fruto contém até seis castanhas em seu interior, onde é possível retirar óleo para indústria cosmética, azeite e leite de babaçu que são muito utilizados na culinária local.
Dessa forma. da parte esbranquiçada, o mesocarpo, se faz uma farinha nutritiva, que é misturada à bolos e mingaus, e da casca se faz o carvão.
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O nome “babaçu” vem da palavra indígena wawasu, que significa “fruta grande”, o que à primeira vista é fácil identificar, observando as características do fruto.
De fato, a palmeira do babaçu é uma árvore que prefere clima quente e seco. Logo, se adapta bem a região Nordeste. Pode chegar a 30 metros de altura. Além disso, produz em média de 3 a 5 cachos ao ano, com centenas de cocos.
No entanto, é preciso paciência, pois os frutos do babaçu são produzidos a partir do oitavo ano de vida. Depois que começa a frutificar, a palmeira de babaçu não para mais e tem uma vida média de 35 anos.
Sua floração ocorre entre os meses de janeiro e abril. E os frutos amadurecem entre agosto e janeiro. Com quinze anos, a palmeira de babaçu alcança sua maior produtividade.
Dessa forma, o babaçu se destaca entre as demais palmeiras encontradas em território brasileiro pelo seu tamanho avantajado: chega a atingir de 10 a 30 metros de altura e tem cachos exuberantes.
O fruto do babaçu pesa em média 200g e apresenta a seguinte composição:
Economicamente, é uma das plantas mais significativas do Brasil. Principalmente para a região que corresponde aos estados do Maranhão e Piauí, pois fornece matéria-prima para vários produtos, além de empregar a população rural.
Além disso, outros produtos alternativos obtidos a partir do aproveitamento integral do babaçu são: etanol, fertilizante, gases combustíveis, sabão, glicerina, detergente, margarina.
A fruta traz inúmeros benefícios para a saúde. O óleo de babaçu é um produto com mil utilidades.
O uso do babaçu proporciona equilíbrio da flora intestinal, aumento do sistema imune. Além disso, promove a hidratação e tratamento da pele e cabelos, pois contém ácido láurico, que ajuda a tratar irritações do couro cabeludo.
Do mesmo modo, também acelera o processo de cicatrização e inflamação de acne, pois contém antioxidantes e vitamina E, que ajudam na regeneração celular.
Por fim, a farinha do mesocarpo de babaçu vem sendo estudada como fitoterápico para tratamento de inflamações, cólicas menstruais e leucemia.
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Como visto anteriormente, o babaçu é nativo das regiões Norte e Nordeste. Porém, também está presente nos estados do Ceará, Tocantins e Goiás.
A área de ocorrência dos babaçuais, ou seja, a plantação de babaçu, é de 18,4 milhões de hectares, sendo o estado do Maranhão responsável por ocupar 56% desta área geográfica.
Além disso, a produção nacional de amêndoas corresponde a 200 mil toneladas por ano, produzindo 70 mil toneladas de óleo.
Os maiores valores mercantis e industriais do babaçu, obtidos através da extração das amêndoas. Elas, extraídas manualmente em um sistema tradicionalmente realizado por mulheres, as chamadas quebradeiras de cocos.
Pelo menos 300 mil famílias estão envolvidas no trabalho de extração de amêndoas de babaçu.
A coleta do fruto do babaçu tem forte mobilização social, ou seja, a participação de toda comunidade, para combater os conflitos agrários e permitir o acesso livre aos babaçuais.
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Os tipos de solo influenciam bastante a performance produtiva do babaçu. O babaçu tem boa adaptação a diferentes ecossistemas, pois ocorre sobre variados tipos de solos, alternando-se com coberturas florestais primitivas, mata, cerrado, capoeira, pastagem e lavouras.
O babaçu normalmente não recebe tratos culturais, ou seja, cuidados com solo, nutrição.
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Para cultivar o babaçu, fique atento aos períodos chuvosos, afinal, esta é a melhor época para o plantio.
Apesar de sua presença natural em abundância nas regiões semiáridas, também é comum nas áreas de produção, plantar e manejar o babaçu.
Recomendamos o consórcio dos babaçuais com outras culturas anuais como, milho, mandioca, feijão, bem como pastagem de animais, por exemplo.
Selecione e identifique as plantas novas, para substituir as palmeiras antigas e improdutivas. Mantenha pelo menos 80 palmeiras adultas e 80 pindovas (ou seja, palmeiras novas) por hectare.
Quando maduro, o coco desprende-se e cai no solo, facilitando a coleta dos frutos.
Colha o babaçu quando os frutos estiverem maduros, presos aos galhos ou quando caírem no chão. Contudo, é importante escolher os frutos que caíram a pouco tempo e evitar os que estão rançosos.
Não recomendamos a prática de extração do cacho inteiro pois prejudica a produtividade da palmeira e desperdiça os cocos verdes.
No caso da coleta para a produção de carvão, indicamos coletar e queimar os cocos velhos, não coletados no ano anterior.
Quebre os cocos coletados com o auxílio de um machado e um pedaço de pau ou porrete.
O transporte dos cocos, feito dentro de sacos de palha por animais de carga ou pelas próprias mulheres, que carregam as amêndoas e cocos na cabeça.
Logo depois, os cocos empilhados em locais cobertos e ventilados.
Por fim, as etapas de beneficiamento e processamento do coco de babaçu vão depender do tipo de produto ou subproduto que se deseja obter.
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Rafael
Olá, que bom ver pessoas
cultivando, tradições