Dando uma rápida pausa no mundo das criptomoedas para falar sobre a crescente Exportação de frutas para os Emirados Árabes e como isso impacta positivamente os produtos do Brasil.
Para entender mais sobre o assunto, continue com a gente!
Antes de mais nada, vamos de fatos. Só no ano passado, os Emirados Árabes foram os maiores importadores de frutas do continente asiático. E olha que o continente é bem grande.
Em se tratando de números Emirados Árabes ocuparam o 13º lugar na lista dos 15 países que mais importaram frutas do Brasil.
Dessa forma, importam cerca de 8 milhões e meio de toneladas.
E as projeções são as melhores possíveis!
De acordo com a Associação Brasileira dos Produtores Exportadores de Frutas e Derivados (ABRAFRUTAS), dentre as frutas mais apreciadas pelo continente asiático, Oriente Médio e Emirados árabes unidos estão a manga, melão, limão tahiti e a uva.
Além disso, as exportações, aproximadamente 163.758 mil toneladas de manga, seguidos de 155 mil toneladas de melão e cerca de 105 mil toneladas de limões.
Nesse sentido, a expectativa é que as exportações cresçam ainda mais, como aponta o presidente da ABRAFRUTAS, Eduardo Brandão:
“Há uma grande promessa de crescimento nas exportações de frutas para o Oriente Médio, e Emirados Árabes Unidos, China e a Coreia do Sul”.
Voltando aos números, em 2018, os Emirados importaram cerca de US$ 2,2 bilhões em frutas.
Contudo, os produtores brasileiros forneceram apenas US$ 17,4 milhões desse total.
Enquanto isso, os Estados Unidos venderam US$ 422 milhões, sendo este o maior fornecedor de frutas dos Emirados Árabes Unidos.
No entanto, Brandão afirma que o Brasil consegue atender a demanda dos Emirados e diversificar a oferta de frutas como bananas, que os Emirados consomem muito e compram da África, assim como fornecer suco de uva integral e água de coco.
Segundo o mesmo, a ideia é levar aos Emirados frutas de maior valor agregado, uma vez que apresentam qualidade superior. Assim, o Brasil ganha espaço no mercado.
Do mesmo modo, outros países também integram a lista de grandes importadores de frutas, ou seja, potenciais consumidores das frutas brasileiras, é o caso da Arabia Saudita, Oma, Catar, Turquia, Libano, Israel e Jordania.
Esses países foram responsáveis pela importação de pelo menos 15 mil toneladas de frutas em 2019.
Toda prospecção de negócios tem seus desafios. Assim, um dos maiores desafios que o mercado brasileiro enfrenta para exportar frutas para os Emirados Árabes Unidos é o custo do frete.
De fato, a distância entre o Brasil e os Emirados é maior do que a de outros fornecedores.
Atualmente, as frutas brasileiras chegam aos Emirados de maneira indireta, ou seja, entram pela Europa em vez de terem exportação direta.
Ainda assim, a delegação brasileira está trabalhando com contatos de grandes canais de distribuição de frutas no Vegetable Market, que atuam com delivery e podem melhorar a logística.
O diretor executivo, diz confiar no potencial de vendas para os Emirados Árabes Unidos, sendo esse um meio de modificar as exportações brasileiras de frutas, que atualmente são direcionadas 60% ao mercado europeu.
Para o destaque do mercado brasileiro às importações dos Emirados Árabes Unidos, é necessária a aquisição do certificado Halal.
Esta certificação garante que o produto atende as exigências das leis islâmicas e assim, sendo consumido por cerca de 1,8 bilhão de mulçumanos em todo o mundo.
Omar Chahine, gerente comercial da certificadora Cdial Halal, salienta que o selo Halal vem sendo requerido cada vez mais por países árabes e outros também.
O selo atesta boas práticas de fabricação de toda cadeia produtiva. Isto quer dizer que as etapas de plantio, colheita, seleção, classificação, beneficiamento, lavagem, sanitização, secagem, armazenagem e transporte são minuciosamente avaliadas.
A certificação confere segurança e qualidade, sendo solicitada, inclusive, por países que não são árabes e nem muçulmanos, como o Japão, China e Canadá.
“Antes, bastava ter a certificação do produto para ser exportado, mas hoje a maioria dos importadores estão exigindo o selo de qualidade halal em toda a cadeia produtiva”, esclareceu Chahine.
Resumidamente, o produtor brasileiro que deseja fazer parte do processo de exportação para os Emirados Árabes, deve se atentar às exigências da certificação e se adaptar às normas, regras e termos que a mesma impõe.
INFORMAÇÕES SOBRE AGRISPACE – O METAVERSO DO AGRO contato@culte.com.br ou pelo WhatsApp clicando Aqui!!
Cancelar resposta