Você já se perguntou qual é a origem do milho? Alguns pesquisadores dizem que surgiu de uma planta antiga no atual território mexicano, enquanto outros evitam especular sobre o assunto. De qualquer maneira, o milho é um cereal muito importante para diferentes culturas, como a nossa.
Quer saber mais sobre a origem do milho? Leia nosso artigo.
O milho, um cereal essencial para diversas culturas em todo o mundo, surgiu e tem suas raízes profundamente entrelaçadas na história das civilizações americanas. Seu cultivo teve início há mais de 7,3 mil anos, nas pequenas ilhas próximas ao litoral do México.
Nas civilizações pré-colombianas, como os maias, astecas e incas, o milho era a base da alimentação, evidenciado pelos registros arqueológicos. Dessa maneira, no decorrer dos milênios, o cultivo do milho expandiu-se para além das terras baixas do México. Assim, alcançou as vastas planícies da América do Sul há aproximadamente 4 mil anos. Evidências genéticas e arqueológicas sugerem uma rota de expansão em direção ao leste, a partir dos Andes em direção ao Atlântico, cerca de mil anos atrás.
A verdadeira disseminação global do milho começou durante as grandes navegações do século XVI, quando os exploradores europeus, incluindo Cristóvão Colombo, introduziram o cereal ao continente europeu. Desde então, o milho tornou-se um alimento fundamental não apenas para as populações mais humildes, mas também como ração animal.
Os métodos de cultivo também evoluíram ao longo dos séculos. Os índios americanos inicialmente plantavam o milho em montes, utilizando um sistema complexo que variava de acordo com o uso pretendido. No entanto, com o surgimento das plantações em larga escala, esse método foi substituído por cultivos de uma única espécie.
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Com base nos estudos recentes, descobriu-se amostras de milho datadas de 6 mil anos atrás identificadas na região Norte do Brasil, especialmente na região oeste da Amazônia, próxima ao Acre.
Esta descoberta sugere que o milho chegou ao Brasil antes de ser totalmente domesticado, provavelmente trazido por povos indígenas que já possuíam habilidades de cultivo e domesticação de plantas, como a mandioca.
Ou seja, os índios nativos, ao longo do tempo, contribuíram para a domesticação das espécies de milho, tornando-o um dos principais ingredientes em sua dieta. Com a chegada das navegações portuguesas ao Brasil, o milho ganhou ainda mais popularidade, sendo utilizado como farinha, como dito anteriormente.
A disseminação do milho pelo mundo teve início após sua descoberta nas América e com a Espanha e Portugal disseminando o milho para os outros continentes. Por exemplo, a Espanha propagou para o norte da África e partes do oriente, enquanto que os portugueses para a China, África e Japão.
Desde a década de 1990, a área cultivada de milho cresceu substancialmente, de 131 milhões de hectares para 192 milhões, enquanto a produtividade mais do que dobrou, passando de 483 milhões de toneladas para mais de 1,1 bilhão de toneladas.
O Brasil, sozinho, produziu 137 milhões de toneladas de milho em 2022.
Os principais produtores de milho, incluindo Estados Unidos, China e Brasil, respondem por 73% da produção mundial. Esses países adotaram tecnologias avançadas, como sementes híbridas, que podem aumentar a produção em até 60% em comparação com outras variedades, mesmo sob estresse biótico e abiótico. Além disso, os esforços de melhoramento genético visam melhorar a resistência a pragas, doenças e condições adversas de solo e clima.
O milho é uma cultura agrícola versátil, cujos produtos têm uma ampla gama de aplicações. Dentre eles, destacam-se o amido e a glucose, essenciais na indústria alimentícia e farmacêutica, além de serem usados na produção de bebidas gasosas e óleo comestível.
Além disso, o milho também é a matéria-prima para a fabricação de antibióticos, como a penicilina, e outros medicamentos, bem como para a produção de adesivos, álcool, alumínio e até mesmo baterias de veículos.
Na alimentação humana, o milho desempenha um papel significativo em diversas culturas ao redor do mundo. No México, é a base da alimentação da população, enquanto no Brasil, é utilizado em uma variedade de pratos típicos, como canjica, cuscuz, polenta e pamonhas. Apesar de seu uso predominante na alimentação animal, o milho oferece uma fonte energética importante, contribuindo significativamente para a dieta humana.
O milho, com suas diversas variedades e usos culinários, oferece uma série de benefícios nutricionais que o tornam uma adição valiosa à dieta. Rico em nutrientes essenciais, o milho é uma excelente fonte de carboidratos, fornecendo a energia necessária para o funcionamento do corpo. Além disso, é uma boa fonte de proteína, contribuindo para a formação de músculos, hormônios e anticorpos.
Outro benefício do milho é seu teor de fibras, que promove o bom funcionamento do intestino e ajuda na saciedade, auxiliando no controle do peso. Além disso, o milho é rico em vitaminas, como a vitamina A, que é importante para a saúde da pele e visão, e em minerais essenciais, como cálcio, ferro e potássio.
Por fim, com seus diversos benefícios nutricionais, o milho é um ingrediente versátil que pode ser incorporado em uma variedade de pratos, desde saladas e sopas até bolos e bebidas.
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