Tornar o metaverso mais realista visualmente é uma questão interessante, mas que requer muita atenção em diversos pontos.
Se o metaverso consegue impactar a sociedade de diversas maneiras, visualmente ele ainda não está à altura dos grandes jogos, e levará anos para estar porque não é interessante, pelo menos agora, criar um metaverso com gráficos incríveis. Um metaverso com gráficos incríveis certamente afastaria a maioria dos usuários por não terem equipamentos adequados.
Então, como tornar o metaverso mais realista, mas de uma maneira mais acessível? Separamos algumas sugestões.
O metaverso possui um conceito de ir “além das experiências atuais”, ou seja, de transformar a nossa realidade em algo superior e imersivo. Sendo uma das tendências atuais, o metaverso vem ganhando novas formas e impactando diversos setores da sociedade.
Existem muitos tipos de metaversos e maneiras de utilizá-los, visto que as opções são ilimitadas. Por exemplo, o metaverso da Decentraland é baseado em blockchain, enquanto que o Horizon Worlds, metaverso desenvolvido pela Meta (Facebook) é baseado em realidade virtual.
Então, por ser um conceito tão abrangente, que vai além de ambientes virtuais, o desenvolvimento do metaverso é gradual e enfrenta alguns desafios.
Uma questão abordada por críticos e entusiastas do metaverso, na época que Mark Zuckerberg apresentou um trailer do Horizon Worlds em 2022 foi o porquê dos avatares não terem pernas. Essa questão vai ao encontro da questão do metaverso não ser tão realista visualmente.
As pernas não aparecem no dispositivo VR já que não há sensores para isso, então a Meta preferiu não adicioná-las, já que ficariam imprecisas.
Sem pernas, os avatares do Horizon Worlds pareciam flutuar, mas essa questão está com os dias contados. A Meta vai utilizar inteligência artificial (IA) para adicionar pernas por meio da predição de movimentos, assim não precisará desenvolver um fone de ouvido VR com sensores nas pernas.
O realismo está sendo desenvolvido com calma no metaverso, mas grandes avanços já podem ser visualizados. Vale lembrar que o metaverso Horizon Worlds é apenas um dos vários existentes.
Para tornar o metaverso mais realista visualmente, precisamos combinar tecnologias e aproveitar o potencial que elas possuem, assim, podemos levar em seguinte alguns pontos:
Algumas empresas envolvidas com o metaverso estão desenvolvendo ambientes virtuais baseados na tecnologia de realidade virtual. Então, para que os usuários tenham acesso, precisam ter dispositivos VR, mas esses dispositivos não são tão acessíveis para a maior parte da população.
Os valores dos dispositivos VR mais baratos são de aproximadamente 400 dólares, cerca de 2 mil reais. No futuro, os valores dos itens VR podem cair, visto que muitas novas empresas entraram no ramo e avanços significativos estão sendo realizados.
Uma outra questão sobre hardware é que, se o metaverso for desenvolvido com gráficos de última geração e até fotorrealistas, poucos computadores suportariam. Isso afastaria o potencial de usuários nas plataformas.
A tecnologia de gêmeos digitais está sendo aplicada cada vez mais na sociedade, desde a indústria até o metaverso.
Um dos benefícios dos gêmeos digitais é criar réplicas de ambientes físicos como estádios ou cidades e digitalizá-los, transformando esses lugares como “acessíveis” no ambiente digital. Isso significa que o metaverso seria quase igual a realidade e muito mais realista.
Em março, a Telefónica deu uma pequena demonstração de como utilizar os gêmeos digitais para criar ambientes no metaverso. A empresa participou do MWC, um evento de tecnologia, e replicou seu estande físico em um ambiente digital, proporcionando a mesma experiência de quem estava fisicamente no evento para os visitantes virtuais.
Com a ajuda de gêmeos digitais, o metaverso pode replicar processos de indústrias ou empresas, automatizar operações e auxiliar na revolução de vários setores. Assim, o potencial do metaverso seria amplificado e as experiências disponíveis elevadas.
Por fim, temos a inteligência artificial, que possui meios interessantes de tornar o metaverso mais realista e acessível. Uma das tendências atuais, por meio da inteligência artificial, será possível criar conteúdo para o metaverso com poucos comandos ou com pouca experiência.
Quer criar um museu em uma plataforma do metaverso, mas não sabe como fazer? A inteligência artificial está tornando cada vez mais acessível a criação de conteúdo, tornando interessante o futuro do metaverso ao lado da inteligência artificial.
Novas experiências imersivas para os usuários, novos gráficos e conteúdo serão possíveis por meio da inteligência artificial.
O metaverso está em pleno desenvolvimento e possui um potencial gigantesco porque oferece os benefícios de unir várias tecnologias em um único ambiente.
Ainda existem desafios que precisam de soluções, mas certamente no futuro o metaverso estará mais realista. Algumas empresas estão dando o próximo passo para o desenvolvimento do metaverso, por exemplo, a Lego realizou uma parceria com a Epic Games para criar um metaverso seguro e acessível para crianças.
Por outro lado, a Epic Games arrecadou dois bilhões de dólares para desenvolver plataformas do metaverso. Enquanto isso, a Culte também está participando do futuro do metaverso.
Com um amplo ecossistema, o Agrispace é um mundo virtual focado no agronegócio, permitindo que qualquer pessoa crie experiências imersivas em seu ambiente. Dessa maneira, esse espaço proporcionará que o agronegócio brasileiro esteja diretamente conectado com as novas tendências tecnológicas.
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