Pragas do milho: identificando e cuidando da plantação

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As lavouras de milho representam um pilar crucial para a economia brasileira, impulsionando o robusto setor do agronegócio. Porém, essas plantações enfrentam um desafio constante: a ameaça de pragas que podem comprometer severamente a produtividade e a rentabilidade da cultura.

Então, vamos explorar melhor as principais pragas que prejudicam os campos de milho?

O impacto das pragas do milho

pragas do milho
Campo de milho.

O Brasil desfruta de um clima tropical favorável, com temperaturas médias anuais acima dos 20°C e índices pluviométricos abundantes. Embora esse ambiente seja propício para o cultivo de diversas espécies vegetais, também cria condições ideais para a proliferação de pragas, incluindo insetos, fungos e bactérias. Então, quando essas pragas atacam as lavouras de milho, os danos podem ser devastadores, variando desde a redução significativa da produção até a perda total da safra.

Segundo estimativas da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), a produção de milho para a safra 2022/23 deverá atingir a impressionante marca de 125,5 milhões de toneladas.

No entanto, esse número positivo reflete não apenas o potencial produtivo do país, mas também a capacidade dos produtores em realizar um manejo eficiente das principais pragas e doenças que ameaçam a cultura.

Classificação das Pragas da Cultura do Milho

Para compreender melhor essas ameaças, é útil classificá-las de acordo com sua incidência na cultura. Por exemplo, as pragas podem ser divididas em quatro categorias principais:

  1. Pragas subterrâneas: Essas pragas atacam as raízes e as sementes recém-plantadas, prejudicando o desenvolvimento inicial da planta.
  2. Pragas da superfície: Essas pragas se alimentam da seiva das plantas, causando danos às folhas, caules e sistemas vasculares.
  3. Pragas da parte aérea: Essas pragas atacam as partes superiores da planta, como folhas, pendões e espigas.
  4. Pragas da espiga: Essas pragas se concentram especificamente nas espigas, destruindo os grãos em formação.

Desse modo, ao longo deste artigo, exploraremos detalhadamente cada uma dessas categorias, identificando as principais pragas e fornecendo informações valiosas sobre seus ciclos de vida, sintomas e métodos de controle.

Pragas Subterrâneas do Milho

Corós

Os corós, também conhecidos como larvas de besouros, representam uma ameaça significativa para as lavouras de milho, especialmente nos meses de outubro, novembro e dezembro. Essas larvas se alimentam das raízes das plantas, causando assim falhas nas linhas de plantio e comprometendo o desenvolvimento saudável das culturas.

Existem três tipos principais de corós que atacam o milho: coró-das-pastagens, coró-da-soja e o coró-do-trigo.

Dessa maneira, o controle dos corós envolve a aplicação de inseticidas, combinada com técnicas adicionais, como a remoção de restos culturais, eliminação de plantas daninhas hospedeiras e preparo antecipado do solo.

Larva-arame

A larva-arame é uma praga que ataca as sementes recém-plantadas e o sistema radicular das plantas jovens de milho. Mas, na verdade, essas larvas, são estágios imaturos de besouros, e seu ataque pode levar à redução da sustentação e do vigor das plantas, podendo até causar a morte.

Então, o controle da larva-arame é iniciado pela regulação da umidade do solo, seguido pela aplicação de inseticidas e, em alguns casos, pelo uso de agentes de controle biológico, como besouros predadores e bioprodutos.

Pragas da Superfície

Cigarrinha-do-milho

A cigarrinha-do-milho é considerada a principal praga da cultura, sendo um inseto vetor de doenças graves porque esse pequeno inseto branco se alimenta da seiva das plantas e deposita seus ovos na epiderme das folhas. Assim, sua ação pode transmitir molicutes, causando sintomas como enfraquecimento, encurtamento de entrenós e formação de fumagina nas folhas.

O controle da cigarrinha-do-milho envolve evitar o plantio em áreas com histórico recente de infestação, erradicar plantas daninhas hospedeiras e utilizar sementes tratadas com inseticidas.

Cigarrinha-vermelha

Apesar do nome sugerir uma cor específica, a cigarrinha-vermelha pode apresentar colorações variadas, como castanha, preta ou rosada. Essa praga deposita seus ovos nas folhas velhas, na base da planta e no solo próximo. Então, quando as condições ambientais, como umidade e temperatura elevadas, são favoráveis, os ovos eclodem, e as ninfas envolvidas em espuma branca sugam a seiva das plantas, injetando toxinas que causam a queima e secagem das folhas.

O controle da cigarrinha-vermelha ocorre por meio do Manejo Integrado de Pragas, que envolve o monitoramento da população e a aplicação de medidas corretivas.

Lagarta-elasmo

Também conhecida como broca-do-colo, a lagarta-elasmo é uma praga que induz sintomas de secamento e murchamento nas folhas das plantas de milho. Seus ovos eclodem em apenas dois a três dias, e as larvas “raspam” o tecido vegetal logo abaixo do solo.

O controle dessa praga envolve a irrigação para elevar a umidade do solo, o tratamento químico com inseticidas e o tratamento prévio de sementes.

Pragas da Parte Aérea do Milho

Lagarta-do-cartucho

A lagarta-do-cartucho é considerada a principal praga aérea do milho. Esse inseto voraz se alimenta de diversas culturas, incluindo o milho, destruindo o cartucho das plantas, perfurando folhas e atacando as espigas. Seu ataque costuma ser mais intenso próximo à fase de floração e em épocas secas.

Dessa maneira, o controle da lagarta-do-cartucho envolve uma combinação de estratégias, como a aplicação de inseticidas, o tratamento de sementes, a rotação de culturas e o uso de armadilhas de feromônios para atrair os indivíduos adultos.

Pulgão-do-milho

Nos últimos anos, o pulgão-do-milho se tornou uma das principais pragas da cultura. Esses insetos pequenos, de coloração amarelo-esverdeada e corpo alongado, vivem em colônias dentro do cartucho do milho, alimentando-se da seiva das plantas mais novas. Então, dependendo da intensidade do ataque, as perdas podem chegar a 60% da produção.

O controle do pulgão-do-milho é realizado principalmente por meio de métodos biológicos, como a aplicação de bio produtos e a introdução de predadores naturais, como joaninhas. Adicionalmente, o plantio de híbridos resistentes pode ser uma estratégia eficaz.

Broca-da-cana

A broca-da-cana, como o próprio nome sugere, é uma praga que ataca não apenas o milho, mas também culturas como o sorgo e a cana-de-açúcar. Seu controle envolve uma abordagem integrada, incluindo o uso de agentes de controle biológico, como parasitoides e predadores, além do desenvolvimento de variedades resistentes e, quando necessário, a aplicação de inseticidas.

Pragas da Espiga do Milho

Lagarta-da-espiga

A lagarta-da-espiga é uma praga concentrada principalmente em regiões de alta produção de milho, como os estados do Mato Grosso, Minas Gerais, São Paulo e Rio Grande do Sul. Em suma, essas lagartas penetram no interior das espigas e destroem completamente os grãos em formação, causando danos significativos à produção.

De fato, o controle biológico, utilizando predadores e parasitoides, como a vespa Trichogramma e a tesourinha Doru luteipes, é considerado a melhor estratégia para combater essa praga.

Mosca-da-espiga

Portanto, a mosca-da-espiga é uma pequena mosca, com cerca de 5 milímetros de comprimento, que deposita seus ovos nas espigas de milho. Dessa forma, as larvas que eclodem penetram no interior das espigas, alimentando-se completamente dos grãos, deixando apenas a membrana externa.

O controle dessa praga é realizado principalmente por meio de armadilhas instaladas nas lavouras, visando capturar os insetos adultos e impedir sua reprodução.

Conclusão

A cultura do milho desempenha um papel crucial no cenário agrícola brasileiro, impulsionando o desenvolvimento econômico e a segurança alimentar do país. No entanto, para garantir sua sustentabilidade e rentabilidade, é essencial enfrentar o desafio constante das pragas que ameaçam essas lavouras.

Ilustração.

Ao compreender as características, ciclos de vida e métodos de controle das principais pragas do milho, os produtores estarão melhor preparados para proteger suas culturas e maximizar sua produtividade. Dessa maneira, como você leu, a adoção de estratégias integradas, como o Manejo Integrado de Pragas (MIP), combinada com o uso criterioso de tecnologias modernas, pode ser a chave para um futuro próspero e resiliente para a cultura do milho no Brasil.

Lembre-se: o sucesso na agricultura não depende apenas do plantio e do cultivo, mas também da capacidade de identificar e combater as ameaças que podem comprometer o potencial produtivo das lavouras.

Aproveite e continue sua leitura sobre o milho, saiba mais sobre a origem dessa cultura tão popular no Brasil: a origem do milho.

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