Melão: Como cultivar no semiárido brasileiro

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Fruta de casca espessa, polpa doce e refrescante. O melão possui variedades quanto a cor e textura da casca e a da polpa, a depender do cultivar. O melão pertence à família da melancia, abóbora e pepino.

Por certo, a região semiárida do nordeste brasileiro que contribui com mais de 90% da produção nacional. Nesse sentido, representa o terceiro maior produto em valor de exportação.

A concentração da produção de meloeiros nessa região é de extrema importância para o desenvolvimento social e econômico do semiárido.

Portanto, quer aprender um pouco mais sobre o cultivo do melão e descobrir como está o mercado de produção e exportação? Continue a leitura. Só A Culte oferece conteúdo informativo, visando agregar ainda mais conhecimento para o pequeno e médio produtor.

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Benefícios do melão

O melão é rico em fibras, vitaminas e sais minerais. Sua polpa é rica em frutose e potássio, ou seja, ajuda a regular a pressão arterial.

De fato o melão, possui cálcio, que é importante na formação dos dentes e dos ossos. E também contém carotenoides, que protegem o coração e previnem o surgimento de alguns tipos de câncer.

Além disso, o melão apresenta um benefício particular para as mulheres: o consumo diminui os sintomas da TPM.

Isso é possível graças à sua ação anticoagulante. Em outras palavras, melhora a circulação sanguínea, permitindo que o sangue circule livremente.

Você pode consumir a polpa do melão in natura e utilizá-la em refrescos, doces, sorvetes, pudins.

Por fim, com a casca se faz saladas e geleias. Já com as sementes, é possível preparar a farinha de semente de melão ou, apenas torrá-las e consumi-las como petiscos.

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Como cultivar melão?

Existem muitas variedades de melão. Porém, as mais cultivadas no Brasil são a melão amarelo.  Os estados do Rio Grande do Norte e Ceará concentram a maior produção de melão do país.

A cultura do melão se desenvolve melhor em regiões de temperatura mais elevada. A faixa entre 25 e 32ºC é o desejável. Por isso, fique atento: temperaturas acima dos 35ºC podem comprometer a frutificação.

Velocidade do vento, índice de insolação, temperatura são favoráveis para o cultivo da fruta que se inicia em julho, até meados de março.

Nesse sentido, mais importante que o solo propício, são as temperaturas elevadas, condições de baixa umidade e baixos índices de chuva.

Essas características estão presentes na região semiárida e são adequadas para o desenvolvimento do meloeiro, garantindo frutos de ótima qualidade.

Sabemos que o Nordeste tem condições ideais para o cultivo do melão, no entanto, experiências realizadas pela Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa) apresentam resultados positivos quanto à produção de melão em outras regiões do Brasil.

O cultivo do melão em sistemas protegidos como, estufas ou casas de vegetação, garantem o bom desenvolvimento do meloeiro, pois permitem controlar os fatores que influenciam na produção: água, temperatura, proteção contra chuva, pragas e doenças.

Melão na agricultura familiar nordestina

Certamente, podemos afirmar que o cultivo de melão é rentável. A produção de melão gera pelo menos 24 mil empregos diretos e mais 60 mil empregos indiretos, estes são dados apenas da região de Mossoró/RN.

Estamos falando de uma produção que exige mão de obra qualificada e intensiva. Contudo, é uma atividade que ajuda a manter o homem do campo, diminuindo o êxodo rural, ou seja, a saída do homem do campo para a cidade.

Portanto, o agricultor familiar nordestino é destaque no volume de melão produzido. As regiões de Mossoró/RN e Icapuí/CE juntas foram responsáveis por 99% da produção nacional.

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Produção e Exportação

Atualmente, o Brasil está entre os 10 maiores exportadores mundiais do melão. Cerca de 20 mil hectares são destinados atualmente para o plantio da fruta.

Em 2017/2018, pelo menos 224 mil toneladas de melão foram exportadas, rendendo ao mesmo tempo 163 milhões de dólares, um valor 10% superior à temporada anterior de 2016/2017.

As exportações de 2019/2020 totalizaram aproximadamente 235 mil toneladas.

Apesar dos agravantes do novo coronavírus e as inseguranças do mercado global, o setor se beneficiou da alta demanda proveniente da Europa e pela taxa de câmbio favorável aos produtos nacionais.

Ou seja, mesmo com o cenário atual desfavorável para exportações, as vendas de melão para Europa continuou registrando altos números.

A performance da cultura do melão foi a melhor desde 2016, e pode estar associada à 3 pontos:

  • a safra: que veio em linha com boas promessas e expectativas
  • ao câmbio que favoreceu as exportações de frutíferas no Brasil como um todo
  • à forte demanda do mercado europeu.

Um mercado em ascensão

Vale ressaltar que o melão veio para o Brasil há quase 40 anos para abastecer a Europa durante a estação de inverno de lá, uma vez que o frio dos europeus impossibilita o cultivo.

Assim, praticamente metade de toda produção de melão produzida no país vai para a exportação.

O Brasil tem uma grande vantagem em comparação aos outros países produtores do fruto: o período de colheita. Enquanto Espanha, Chile e Senegal estão terminando suas produções, o Brasil está no ápice da colheita.

Portanto, graças a esses fatores, o melão vem ocupando posição de destaque e se tornado queridinho nacional quando se trata de exportação.

As variedades chamadas Nobres, ou seja, aquelas que são destinadas para a exportação. O melão tipo Cantaloupe e a Pele de Sapo são variedades exportadas para boa parte dos países, sobretudo para Espanha e Portugal.

O padrão de exportação é relativamente alto, porém, os europeus pagam caro por isso. Os melões “tipo exportação” (enviados para o mercado externo) têm extrema exigência sobre aparência e qualidade.

Afinal, qualquer simples arranhão na casca, mesmo que não afete a qualidade final do produto, fazem com que o fruto seja recusado.

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Expectativa para os próximos anos

Os países europeus são os que mais demandam a produção de melão. Os principais destinos são Holanda (33%), Reino Unido (32%), Espanha (27%) e Itália (2,7%).

Porém, também há exportações para países da América do Norte. Além disso, o Brasil também exporta a fruta aos Emirados Árabes.

Dessa forma, este cenário tende a mudar e alcançar números ainda maiores. Segundo relatório apresentado pela Frente Parlamentar da Agropecuária (FPA), o Brasil abriu mais de 45 mercados agrícolas para exportações em pelo menos 21 países de janeiro de 2019 a março de 2020.

Acordos comerciais conquistados

Entre os acordos comerciais conquistados, o de maior relevância foi a aprovação das exportações para a China. Este é o primeiro acordo para o comércio de frutos frescos entre os países.

Com isso, o agronegócio brasileiro só tem a ganhar, afinal, abre-se um mercado gigantesco. Visto que, a China importou cerca de US$ 7 bilhões em frutas frescas apenas em 2018.

Aliás, a China é o maior consumidor de melão do mundo, ou seja, alcançamos um comprador potencial! Somente em 2018 os chineses consumiram aproximadamente 15 milhões de toneladas de melão, mais da metade do consumo de todo o mundo.

A expectativa das exportações brasileiras é conquistar no mínimo 1% do mercado chinês. Em 2021, o agronegócio brasileiro deverá bater novos recordes.

Os produtores rurais da região semiárida já estão se preparando para o aumento das exportações. Muitos deles estão adquirindo mais terras para dar conta da demanda.

Em resumo, o mercado é promissor. Com registros de exportações positivos e novos mercados se abrindo, fica fácil perceber por que o melão se tornou o queridinho nacional.

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