Metaverso: O que é e seus exemplos

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Nesta segunda-feira (26), a Walmart lançou seu metaverso na plataforma da Roblox, a “Walmart Land” e a “Walmart’s Universe of Play”, sendo um dos exemplos.

Cada vez mais empresas estão desenvolvendo conteúdo e tecnologias com o intuito de entrar de vez nesse mercado.

Preparamos este artigo para falar sobre os dois tipos de metaversos: centralizados e descentralizados e alguns exemplos. Então, vamos do início.

A origem

De fato, o conceito de metaverso surgiu com Neal Stephenson, escritor americano que escreveu o livro Snow Crash, lançado em 1992.

Em Snow Crash, o metaverso retratado como uma forma de escapar da realidade distópica e se afugentar em um novo ambiente. 

Portanto, o protagonista do livro, Hiro, é um entregador de pizza, na vida real. O seu personagem é um avatar lendário, um príncipe samurai. 

Assim, o conceito é geralmente um universo digital hiper realista, que simula as experiências da vida real através da utilização de um avatar. Hiper realismo, 3D, avatar e equipamentos de realidade virtual fazem parte das características do metaverso.

Metaverso é um termo que se refere a um universo virtual compartilhado por muitos usuários em tempo real. É uma evolução da internet que cria uma realidade virtual onde os usuários podem se conectar, interagir, criar e compartilhar experiências e conteúdos. Um espaço imersivo e interativo, que pode-se acessar através de dispositivos de realidade virtual, computadores e outros dispositivos.

Exemplos

Há diferentes propostas para construir o metaverso, mas no geral, existem dois tipos: centralizados e descentralizados.

Metaverso centralizado

Os metaversos centralizados são ambientes virtuais criados e controlados por empresas ou organizações específicas, que detêm o controle total sobre o conteúdo e as interações no ambiente virtual. Esses metaversos geralmente construídos com o objetivo de gerar lucro, através de vendas de itens virtuais, publicidade ou outras formas de monetização.

Um exemplo de metaverso centralizado é o Second Life, criado em 2003 pela empresa Linden Labs. O Second Life permite que os usuários criem avatares personalizados e interajam com outros usuários em um ambiente virtual em 3D. Os usuários podem comprar e vender itens virtuais, como roupas, acessórios e objetos de decoração, através da moeda virtual do jogo, o Linden Dollar.

Outro exemplo de metaverso centralizado é o Fortnite, um jogo online em que os jogadores competem em um ambiente virtual em 3D. O Fortnite também permite que os jogadores comprem itens virtuais, como roupas, acessórios e danças, através da moeda virtual do jogo, o V-Buck.

Um terceiro exemplo bem simples de centralização e visto a respeito do desenvolvimento de conteúdo dentro do metaverso. No metaverso proposto pela Meta, apenas criadores de conteúdo autorizados e empresas parceiras poderão participar do desenvolvimento do metaverso e desenvolver suas próprias aplicações e universos.

Embora os metaversos centralizados possam ser divertidos e lucrativos, eles têm algumas limitações em relação aos metaversos descentralizados.

Por exemplo, em um metaverso centralizado, a empresa ou organização que o controla pode decidir quais itens virtuais comprados e vendidos, bem como quais atividade permitidas no ambiente virtual. Além disso, a empresa ou organização pode decidir encerrar o metaverso a qualquer momento, o que pode deixar os usuários sem acesso aos itens virtuais que compraram.

Algumas características da centralização: 

  • Controlado por uma única organização ou por Empresas Parceiras
  • Liberdade limitada
  • Criatividade limitada
  • Sem ativos digitais
  • Desenvolvimento parcial

Metaverso Descentralizado

O segundo tipo de metaverso é o descentralizado, como o metaverso da Decentraland. O metaverso descentralizado é estruturado sob a Web3. 

Os metaversos descentralizados, ambientes virtuais construídos em plataformas de tecnologia blockchain, que permitem a participação de múltiplos usuários sem a necessidade de uma entidade centralizada que controle o ambiente. Em vez disso, os usuários de certa forma incentivados a contribuir para o desenvolvimento do ambiente virtual e a tomar decisões coletivas sobre a sua governança.

Um exemplo de metaverso descentralizado, é o Decentraland, que foi lançado em 2017. Em suma, no Decentraland, os usuários podem criar e monetizar seus próprios conteúdos virtuais, como jogos, objetos e locais de encontro. A plataforma utiliza a tecnologia blockchain para criar um mercado descentralizado para a compra e venda de terrenos virtuais e outros ativos digitais.

Outro exemplo de metaverso descentralizado é o Somnium Space, que utiliza a tecnologia blockchain para criar um ambiente virtual em 3D onde os usuários podem explorar, interagir e criar conteúdo. Portanto, os usuários podem comprar terrenos virtuais e criar suas próprias experiências imersivas, como jogos, galerias de arte e eventos ao vivo.

Os metaversos descentralizados oferecem várias vantagens em relação aos metaversos centralizados. Eles permitem uma maior liberdade criativa e de expressão, bem como uma maior segurança e privacidade, uma vez que a tecnologia blockchain fornece uma rede descentralizada e segura para transações financeiras e dados. Além disso, a governança coletiva pode ajudar a evitar abusos e a garantir a equidade e transparência nas decisões tomadas no ambiente virtual.

Algumas características do metaverso descentralizado:

  • Controlado pela comunidade
  • Desenvolvido sob a Web3
  • Comunidade detém o poder de decisão
  • Liberdade criativa
  • Ativos digitais (NFTs)

Exemplos de metaversos centralizados

Walmart Land na plataforma Roblox. Um dos exemplos de metaverso.
Walmart Land na plataforma Roblox.

Meta.

O metaverso que a Meta está desenvolvendo é exemplo mais famoso de metaverso centralizado, pois há uma enorme estrutura ao seu redor, resultado de bilhões investidos.

O metaverso da Meta é estruturado na Horizon Worlds, plataforma e videogame que permite a criação de jogos e interação social de milhares de jogadores. 

A Meta define a Horizon Worlds como a plataforma mais colaborativa de realidade virtual, visto que é necessário usar equipamento VR. 

Outro ponto do metaverso da Meta é a Oculus, empresa comprada em 2014. A Oculus desenvolveu a Oculus Quest, dispositivo VR. A Horizon Worlds nasceu justamente para alimentar a utilização desse dispositivo.

Microsoft.

A Microsoft acredita no conceito de metaverso, mas diferente da Meta que foca em equipamentos de realidade virtual, a Microsoft foca no conceito de realidade mista, um meio termo entre realidade virtual e realidade aumentada.

Dessa forma, a Microsoft adquiriu a empresa de jogos Activision numa tentativa de competir com a Meta nesse quesito de jogos. 

O produto mais conhecido do metaverso da Microsoft é o Microsoft Mesh, plataforma de colaboração que visa a utilização de dispositivos VR, AR, computadores e smartphones com a tecnologia de holografia. O Microsoft Teams foi integrado ao Mesh, permitindo que reuniões de trabalho façam a utilização de avatares 3D em ambiente virtual.

Enquanto a Meta possui a Oculus, a Microsoft possui o HoloLens. O HoloLens é um dispositivo de realidade mista e que foca na utilização da tecnologia de hologramas. 

Nvidia.

A Nvidia define a Omniverse, sua plataforma do metaverso, como: uma plataforma facilmente extensível usada para colaboração em design 3D e simulação realista e dimensionável em tempo real com várias GPUs.

A Omniverse é uma plataforma aberta e que permite que pessoas e equipes desenvolvam novos projetos, sendo importante, pois possibilita a criação de projetos visuais incríveis e, talvez, seja a plataforma de design mais poderosa do metaverso.

Para ter noção do poder de criação da Omniverse, podemos citar esses dois projetos: Machinima e View. Enquanto o Machinima permite criar e redefinir histórias animadas de videogames, o Omniverse View permite a visualização e revisão de projetos de design 3D com poderosa estrutura de fotorrealismo, trazendo precisão física.

São bons exemplos de como a Nvidia está trabalhando no desenvolvimento de seu metaverso.

Roblox.

Embora o jogo Roblox não tenha sido desenvolvido como um produto para o metaverso, se tornou uma plataforma de jogos extremamente popular.

De fato, com o passar dos anos, a Roblox evoluiu e entrou na corrida pelo metaverso, inclusive permitindo a utilização de dispositivos de realidade virtual.

Entretanto a plataforma permite a criação de jogos e a criação do zero de universos virtuais. Também passou a realizar shows e eventos nestes universos virtuais.

Assim, a banda Twenty One Pilots realizou, em 2021, um grande show na plataforma. Igualmente em 2020, o rapper Lil Nas X realizou o Lil Nas X Concert Experience dentro da plataforma e atraiu 27 milhões de espectadores.

Fortnite.

Desenvolvido como um battle royale, gênero de jogo, o jogo Fortnite passou a desenvolver elementos do metaverso. 

A plataforma impulsionou eventos e shows de grandes nomes, como: Travis Scott, Ariana Grande, Emicida, Neymar, além de eventos com outras personalidades.

Dessa forma, o jogo possui um modo criativo que permite a criação livre em ilhas criativas, transformando o ambiente em algo que você pode chamar de seu. Caso você não queira criar, pode acessar as milhares de ilhas criadas por outros jogadores.

Exemplos de metaversos descentralizados

The Sandbox. Metaverso descentralizado.

The Sandbox.

A The Sandbox é um mundo virtual baseado em Web3, que permite que os usuários e empresas possam criar e interagir. Sendo então um dos exemplos de metaverso descentralizado, utiliza tecnologia blockchain, permite o uso de NFTs e possui sua criptomoeda, a SAND.

Existem eventos na plataforma que recompensam os usuários com NFTs. Com o uso de blockchain, os dados dos usuários não ficam expostos, assim como também permite o desenvolvimento de novos jogos, galerias e conteúdo de modo livre.

Possui parceria com a Atari e é possível comprar terrenos dentro desse metaverso.

Decentraland, um exemplos de metaverso

A Decentraland é a plataforma do metaverso mais popular no quesito de descentralização. 

Enquanto é regida por uma DAO, permitindo que os usuários tomem decisões, em esquema de votação, que definem o futuro e desenvolvimento da plataforma. De fato, para participar das votações, é necessário possuir terreno (NFT) ou a criptomoeda da plataforma (MANA).

Upland.

A Upland recentemente desenvolveu a cidade do Rio de Janeiro dentro do seu metaverso, visto que o metaverso também pode ser utilizado para tornar cidades do mundo inteiro mais atrativas para o turismo.

Contudo, a Upland foi desenvolvida em 2020, possuindo um gigantesco mapa virtual baseado na vida real.

É um ótimo modelo de metaverso descentralizado, porque os usuários podem interagir diretamente com esse metaverso e desenvolver novas ferramentas e investir em imóveis (e móveis) virtuais. Em suma, possui modelo de trabalho, onde os usuários podem se juntar a esse novo modelo de economia digital.

Somnium Space.

Por fim, um metaverso também focado na descentralização é o Somnium Space. O Somnium Space não é tão conhecido quanto os metaversos anteriores, mas como todos estão em desenvolvimento e o metaverso é um espaço onde todos podem crescer, vale a pena citar essa plataforma.

Dessa forma, por ser baseada na Web3, possui elementos semelhantes aos anteriores, como blockchain, criptomoeda (CUBE), liberdade criativa, etc. Dessa forma, é possível utilizar dispositivos VR, como a Oculus Quest 2. 

A Somnium traz conceitos interessantes, pois deseja rentabilizar os usuários, através da publicidade realizada na plataforma, além de focar na interoperabilidade.

Um metaverso em formação

Portanto, há uma série de tecnologias que serão integradas ao metaverso, trazendo benefícios e oportunidades para as marcas e empresas através dessa integração e exposição tecnológica. 

Como um metaverso em formação, o objetivo é tornar a agricultura inteligente, por isso estamos trabalhando diligentemente para tornar isso uma realidade.

Existem várias maneiras de trazer sua empresa para o metaverso, uma delas é através do Agrispace. Clicando aqui, você pode conectar sua empresa ao Agrispace, o metaverso do agronegócio.

Leia mais sobre o metaverso da Decentraland.

INFORMAÇÕES SOBRE AGRISPACE – O METAVERSO DO AGRO [email protected] ou pelo WhatsApp clicando Aqui!!

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Comentários

Claudiane

Gostaria de criar um avatar, ver
Qual Metaverso se encaixa ao meu perfil de forma que consiga monetizar ele.

Cristine Sutil

Olá Claudiane, existem vários Metaverso hoje em dia, o nosso é voltado ao agronegócio.

ELIO MUNHOZ CORUMBATAÍ SP BRASIL

Ver as universo Mari brechani

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