Pragas da Soja: como identificar e eliminar pragas da soja

banner_posts

As plantações de soja desempenham um papel importante na economia brasileira, contribuindo significativamente para o setor agrícola do país.No entanto, esses campos produtivos enfrentam desafios constantes devido à presença de organismos prejudiciais conhecidos como pragas da soja. Estas ameaças, se não forem devidamente gerenciadas, podem resultar em perdas substanciais de rendimento e qualidade da cultura.

Este artigo tem como objetivo fornecer um guia simplificado sobre as principais pragas que afetam as lavouras de soja, bem como estratégias eficazes para combatê-las. Ao conhecer melhor esses invasores e seus impactos, os produtores podem adotar medidas proativas para proteger suas colheitas e maximizar o potencial de produção.

Principais Pragas que Ameaçam as Lavouras de Soja

pragas da soja
Lagarta-do-cartucho.

Embora existam numerosas espécies de pragas que possam afetar a cultura da soja, algumas se destacam como as mais prevalentes e prejudiciais. Vamos explorar as principais ameaças e suas características distintas.

1. Lagartas Desfolhadoras

As lagartas desfolhadoras, como a lagarta-da-soja (Anticarsia gemmatalis) e a lagarta-falsa-medideira (Chrysodeixis includens), são conhecidas por consumir as folhas da planta, causando desfolha severa. Essas pragas podem ser facilmente identificadas por suas listras características e movimentos ondulantes.

Enquanto a lagarta-da-soja apresenta um corpo marrom com listras brancas, a lagarta-falsa-medideira exibe uma coloração verde-clara com listras brancas e pontuações pretas. Ambas as espécies podem causar danos significativos, principalmente durante os estágios reprodutivos da cultura.

2. Lagarta Helicoverpa (Helicoverpa armigera)

A lagarta helicoverpa, também conhecida como lagarta-do-velho-mundo, é uma ameaça séria para as lavouras de soja, pois se alimenta tanto das folhas quanto das vagens e grãos, causando perdas substanciais de produtividade.

Assim, com sua alta capacidade reprodutiva e adaptabilidade, a lagarta helicoverpa pode se espalhar rapidamente pela lavoura. Porém, sua identificação pode ser desafiadora devido às variações de coloração, que vão do branco-avermelhado ao verde.

3. Percevejos Sugadores

Os percevejos sugadores, como o percevejo-marrom (Euschistus heros), o percevejo-verde-pequeno (Piezodorus guildinii) e o percevejo-verde (Nezara viridula), são pragas comuns nas lavouras de soja. Esses insetos se alimentam da seiva das vagens e grãos, causando enrugamento, deformações e redução no teor de óleo.

O percevejo-marrom, com sua coloração marrom uniforme, é facilmente reconhecível, enquanto o percevejo-verde-pequeno e o percevejo-verde exibem tons esverdeados distintos. Seu ataque pode induzir a ocorrência da “soja louca”, um distúrbio fisiológico que retém a coloração verde nas folhas mesmo após a maturação dos grãos.

4. Ácaros (Tetranychus spp.)

Os ácaros, como o ácaro-rajado (Tetranychus urticae) e o ácaro-vermelho (Tetranychus desertorum), são pragas minúsculas que se alimentam das folhas da soja, causando manchas e descoloração. Embora pequenos, esses organismos podem se multiplicar rapidamente e formar colônias densas, levando a danos significativos.

O monitoramento cuidadoso é essencial para detectar a presença de ácaros, já que eles são difíceis de serem vistos a olho nu. Seus ataques são frequentemente favorecidos por condições de estiagem e uso inadequado de defensivos agrícolas.

5. Mosca-branca (Bemisia tabaci)

A mosca-branca (Bemisia tabaci) é uma praga sugadora que pode transmitir vírus e favorecer o desenvolvimento do fungo fumagina nas folhas da soja. Basicamente, esse fungo escurece as folhas, reduzindo a área fotossintética e, assim, afetando o desenvolvimento da planta.

Além disso, a mosca-branca libera uma substância açucarada durante sua alimentação, criando um ambiente propício para o crescimento do fungo. Entretanto, seu controle requer medidas integradas, incluindo o manejo de plantas hospedeiras, rotação de culturas e aplicação de inseticidas seletivos.

6. Pragas Subterrâneas

As pragas subterrâneas, por exemplo, o percevejo-castanho (Scaptocoris spp.), os corós (Liogenys fuscus) e o tamanduá-da-soja (Sternechus subsignatus), representam ameaças significativas às raízes e hastes das plantas de soja.

Em suma, o percevejo-castanho, facilmente identificado pelo forte odor que exala quando o solo é movimentado, suga a seiva das raízes, comprometendo o desenvolvimento da planta. De fato, já os corós se alimentam das raízes e nódulos de fixação de nitrogênio, reduzindo a capacidade de absorção de nutrientes e água.

O tamanduá-da-soja, por sua vez, é um besouro que, na fase larval, forma galerias ascendentes no caule, enfraquecendo a estrutura da planta e podendo levar à sua morte.

Estratégias Eficazes de Manejo Integrado de Pragas (MIP)

pragas da soja
Foto: Embrapa. Aplicação do MIP.

Como vimos, diante da diversidade de ameaças enfrentadas pelas lavouras de soja, por isso que torna-se essencial adotar uma abordagem holística e integrada para o manejo de pragas. O Manejo Integrado de Pragas (MIP) é uma metodologia comprovada que combina várias técnicas para prevenir e controlar infestações de forma sustentável e eficiente.

1. Monitoramento Contínuo da Lavoura

De fato, o monitoramento regular da lavoura é a pedra fundamental do MIP. Essa prática envolve a inspeção cuidadosa das plantas em busca de sinais de infestação, como presença de insetos, ovos, danos foliares ou outros sintomas. Então, ao detectar precocemente a presença de pragas, os produtores podem tomar medidas imediatas para evitar a propagação e minimizar os danos.

2. Controle Cultural

As práticas culturais desempenham um papel crucial no manejo de pragas. Por exemplo, algumas estratégias eficazes incluem:

  • Rotação de culturas: Alternar as culturas plantadas em uma mesma área pode interromper o ciclo de vida de certas pragas, assim, reduzindo suas populações.
  • Manejo de restos culturais: A remoção ou incorporação adequada de restos de culturas anteriores pode eliminar abrigos e fontes de alimento para as pragas.
  • Época de semeadura: Ajustar o período de plantio, pois pode evitar que as plantas coincidam com os picos populacionais de certas pragas.
  • Variedades resistentes: O uso de cultivares de soja resistentes a pragas específicas visto que isso pode reduzir a necessidade de intervenções químicas.

3. Controle Biológico

O controle biológico envolve o uso de organismos benéficos, como predadores naturais, parasitoides e patógenos, para regular as populações de pragas, pois essa abordagem pode ser especialmente eficaz quando combinada com outras práticas de manejo.

Exemplos de agentes de controle biológico incluem:

  • Vespinhas parasitoides (Trichogramma spp.) que atacam ovos de lagartas.
  • Fungos entomopatogênicos (Metarhizium anisopliae) que infectam insetos-praga.
  • Bactérias (Bacillus thuringiensis) presentes em cultivares transgênicos de soja.

4. Controle Químico Racional

Embora o controle químico com inseticidas seja amplamente utilizado, é importante adotar uma abordagem racional e criteriosa. Isso envolve a seleção de produtos adequados, baseada em níveis de ação pré-estabelecidos, e a rotação de ingredientes ativos para evitar o desenvolvimento de resistência nas pragas.

Além disso, é essencial seguir as recomendações de uso correto dos defensivos, respeitando as dosagens, épocas de aplicação e medidas de segurança para proteger a saúde humana e o meio ambiente.

5. Integração de Tecnologias Digitais

A adoção de tecnologias digitais no campo pode aprimorar significativamente o manejo de pragas da soja. Ferramentas como softwares de gestão agrícola, aplicativos de mapeamento e sensores de monitoramento remoto podem fornecer informações valiosas sobre a distribuição e intensidade das infestações, auxiliando na tomada de decisões mais assertivas.

Além disso, a agricultura de precisão permite a aplicação localizada de insumos, reduzindo o uso excessivo de defensivos e minimizando os impactos ambientais.

Conclusão

As pragas da soja representam um desafio constante para os produtores, ameaçando a produtividade e a rentabilidade das lavouras. No entanto, ao compreender as principais ameaças e adotar estratégias eficazes de manejo integrado de pragas, é possível mitigar esses riscos e garantir uma produção mais saudável e sustentável.

O Manejo Integrado de Pragas (MIP) é a chave para o sucesso, combinando técnicas de monitoramento, controle cultural, biológico e químico racional. Além disso, a integração de tecnologias digitais pode aprimorar ainda mais o processo de tomada de decisões e a aplicação precisa de insumos.

Ao investir no MIP, os produtores de soja não apenas protegem suas lavouras, mas também contribuem para a preservação do meio ambiente e a sustentabilidade a longo prazo do setor agrícola. É uma abordagem vencedora para todos os envolvidos, garantindo a segurança alimentar, a rentabilidade econômica e a responsabilidade ambiental.

No universo do agro, tem uma empresa utilizando uma estratégia diferente para alcançar novas pessoas. A SLC Agrícola está utilizando o metaverso como uma ferramenta de comunicação, quer saber mais sobre? Confira.

INFORMAÇÕES SOBRE AGRISPACE – O METAVERSO DO AGRO [email protected] ou pelo WhatsApp clicando Aqui!!

Quer ficar por dentro de nossas postagens e notícias, entre em nosso canal no WhatsApp e venha conosco, descobrir o mundo do metaverso

Deixar um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Esse site utiliza o Akismet para reduzir spam. Aprenda como seus dados de comentários são processados.