Você sabe quem foi que criou o ChatGPT?

• Jamerson Rodrigues
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O ChatGPT faz parte de um projeto desenvolvido para criar inteligência artificial benéfica para a sociedade e, desde o seu lançamento, está causando um grande barulho com muitos querendo saber quem criou essa inteligência artificial e qual será o futuro dela.

O ChatGPT não apenas consegue criar textos, poemas e músicas, mas também consegue exercer diversas funções e gerar diálogos bem parecidos com diálogos humanos. A ferramenta ganhou uma nova versão mais poderosa recentemente, tornando ela cada vez mais popular.

No artigo de hoje, vamos tirar suas dúvidas sobre a história do ChatGPT e o grande impacto que essa ferramenta está causando na sociedade.

Criação da OpenAI e o início do GPT

A OpenAI teve início em dezembro de 2015, com a liderança de Sam Altman e Elon Musk. Fundada em São Francisco, a organização teve apoio de nomes como Reid Hoffman, Jessica Livingston, Ilya Sutskever e Peter Thiel, que se comprometeram a investir 1 bilhão de dólares na organização.

A OpenAI foi criada como uma organização sem fins lucrativos para pesquisa e desenvolvimento de inteligência artificial. A organização construiu o quinto supercomputador mais poderoso do mundo em parceria com a Microsoft, e, por meio de Yoshua Bengio, contratou alguns dos melhores pesquisadores de IA do mundo.

Nos primeiros anos, a organização se concentrou na pesquisa e desenvolvimento de IA benefíca, desenvolvendo o GPT, o primeiro modelo IA da companhia e que evoluiu posteriormente para criar o ChatGPT.

História da OpenAI: o papel de Elon Musk

Elon Musk foi um dos criadores da OpenAI, mas não teve um papel tão ativo na criação do ChatGPT, pois já não estava mais como um conselheiro da organização desde 2018. Na época, Elon Musk renunciou ao cargo de conselheiro porque o cargo poderia causar um potencial conflito de interesses no futuro, devido ao seu papel de CEO da Tesla e ao desenvolvimento de inteligência artificial para carros autônomos.

Elon Musk permaneceu na OpenAI como doador, mas acompanhava de perto o desenvolvimento da organização. O empresário teve alguns conflitos com a OpenAI, em dezembro de 2022, Musk disse que pausou o acesso da OpenAI ao banco de dados do Twitter, que utilizava para treinamento e para criar o ChatGPT. 

O empresário também demonstrou não ter confiança na organização que havia começado sem fins lucrativos e de código aberto e posteriormente mudou esses estatutos.

Primeiros produtos IA

A OpenAI lançou seus primeiros produtos após um ano de sua criação. Em 2016, a OpenAI lançou o “OpenAI Gym”, uma plataforma de aprendizado por reforço (RL) para pesquisadores. 

Em dezembro de 2016, a OpenAI desenvolveu um novo produto, o “Universe“, uma plataforma de software que funcionava como uma ferramenta para treinar a inteligência artificial de sites e jogos.

Parceria com a Microsoft

Em 2017, a OpenAI anunciou uma parceria com a Microsoft, se tornando uma parceira estratégica da organização. A Microsoft anunciou que iria investir 1 bilhão de dólares na OpenAI, assim como iria dar suporte a OpenAI com o Azure, plataforma de nuvem da Microsoft.

De fato, a parceria com a Microsoft permaneceu firme e em 2019 surgiu um novo anúncio: a Microsoft iria licenciar exclusivamente a tecnologia da OpenAI. O que ocorreu posteriormente, quando a OpenAI criou o ChatGPT e a Microsoft integrou a tecnologia ao navegador Bing, acirrando a disputa com o buscador do Google.

No início de 2023, a Microsoft informou um novo investimento, mas dessa vez maior, de 10 bilhões de dólares. O investimento da Microsoft ocorre porque a empresa quer acelerar o desenvolvimento e integração da tecnologia em seus produtos.

Segundo a Semafor, a OpenAI retornaria 75% dos lucros para a Microsoft até ela recuperar o investimento inicial, e, depois disso, 49% no futuro. 

Criação do ChatGPT

Em suma, em 2018, a empresa apresentou os GPTs (Generative Pre-Trained Transformer) que são redes neurais (modelos de aprendizado de máquina inspirados no cérebro humano), que aprendem por meio de uma grande quantidade de dados gerados por humanos. 

Por exemplo, o ChatGPT foi treinado por meio de milhões de textos e artigos escritos por pessoas, como páginas do Wikipédia. De fato, os GPTs aprendem por meio de treinamento e conseguem compreender o contexto, podendo gerar respostas, corrigir conteúdo, dentre muitas outras funções. 

A empresa passou a trabalhar numa ferramenta para criar conteúdo e criou o GPT-2. A versão era mais poderosa (treinada por 8 milhões de páginas de web), mas ainda era bastante limitada e com falas robóticas.

Em 2022, a OpenAI anunciou o DALL-E, uma IA que poderia criar imagens fotorrealistas com base apenas em comandos de texto. Mas foi somente em novembro de 2022, sete anos após a fundação da organização, que a OpenAI criou o ChatGPT.

Baseado no GPT-3.5. O ChatGPT é um chatbot baseado no GPT-3.5 capaz de compreender o contexto e gerar respostas. O Chatbot também consegue corrigir as respostas com base no histórico e aprender com os erros. Assim, foi criado o ChatGPT pela OpenAI em novembro de 2022 sob direção de Ilya Sutskever, Mira Murati e Sam Altman. 

Impacto do ChatGPT

De fato, quando criado pela OpenAI, não demorou muito para o ChatGPT se tornar um dos maiores sucessos do mercado. Portanto, o ChatGPT trouxe um grande impacto no setor de inteligência artificial e no comportamento dos usuários. O ChatGPT atingiu a marca de 100 milhões de usuários em apenas dois meses. 

Inspirado no ChatGPT, dezenas de plataformas e ferramentas AI foram desenvolvidas por outras empresas, mas talvez o maior impacto ocorreu justamente na concorrente.

Ameaçada pelo ChatGPT, o Google anunciou que iria disponibilizar o Bard, sua própria IA generativa. A medida veio porque a Microsoft passou a integrar em seus produtos a IA do GPT, em especial no motor de pesquisas Bing.

Atualmente, as empresas estão concentradas em desenvolver novas soluções baseadas na inteligência artificial, criando novas oportunidades. Portanto, a Binance, maior corretora de criptomoedas do mundo, também aproveitou a tendência e anunciou o Bicasso, seu gerador de NFTs baseado em inteligência artificial. A ferramenta promete criar 10 mil NFTs em até 3 horas e pode servir para que desenvolvedores expandam cenários, jogos e até o desenvolvimento do metaverso.

Assim como a inteligência artificial, o metaverso também é uma tendência tecnológica, você pode ler mais sobre o metaverso através desse artigo: O que é metaverso?

Conclusão

Em meio a tantas novas tecnologias, surge o metaverso. O metaverso nada mais é que um conjunto de tecnologias que torna possível criar experiências imersivas em todas as áreas e que vão além das experiências e práticas comuns. 

Por meio do Agrispace, a Culte está trabalhando para que o agronegócio brasileiro possua um lugar de fala dentro do metaverso.

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