Tipos de blockchain: Entenda as diferenças e aplicações

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A tecnologia blockchain se tornou uma das inovações mais disruptivas e promissoras dos últimos anos, gerando vários tipos de blockchains com a capacidade de transformar muitos setores e revolucionar a forma como nós realizamos transações e guardamos informações.

Embora geralmente associada às criptomoedas, a blockchain tem muitas outras aplicações em áreas das próprias finanças e também outras como saúde, energia, logística e muito mais.

Existem vários tipos de blockchain, cada um com suas próprias características e aplicações. Mas o que cada uma delas significa? Vamos entender melhor a seguir cada uma delas.

Mecanismo de consenso

Antes de falarmos sobre os tipos de blockchain, é necessário entender que as blockchains funcionam com um mecanismo de consenso. 

O mecanismo de consenso é o processo de validação, registro, segurança e etc da rede blockchain. Ou seja, por meio do mecanismo de consenso, saberemos como a blockchain vai agir, sua eficiência e segurança contra agentes maliciosos. 

Os dois principais mecanismos de consenso são: Proof of Work (PoW) e Proof of Stake (PoS).

Proof of Work

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Na imagem: empresário russo demonstrando sua “fazenda” de mineração de criptomoedas.

O mecanismo de consenso de Prova de Trabalho (em português), fundamental no blockchain e popularizado pelo Bitcoin, envolve mineradores utilizando energia elétrica e poder computacional para validar transações através de complexos cálculos matemáticos. 

Então, esse processo garante a segurança e descentralização da rede, recompensando os mineradores com criptomoeda por adicionarem novos blocos ao blockchain. No entanto, as limitações de PoW incluem baixa velocidade, escala limitada devido ao alto consumo de energia, e barreiras elevadas de entrada devido aos custos de hardware e eletricidade. 

Proof of Stake

O Prova de participação (em português) é um mecanismo de consenso alternativo ao Proof of Work (PoW), superando limitações como baixa velocidade, escalabilidade reduzida, consumo excessivo de energia e altas barreiras de entrada. 

Implementado por blockchains como Polkadot, Avalanche, e Cardano, e adotado pelo Ethereum na transição para Ethereum 2.0, o PoS substitui mineradores por validadores que “apostam” tokens como garantia para a validação de transações. Desse modo, eliminando a necessidade de cálculos energéticos intensos, com a seleção de validadores feita aleatoriamente, baseada em fatores como o montante apostado. 

Vamos para os tipos de blockchain, então?

Blockchain pública

A blockchain pública é uma rede descentralizada e aberta na qual qualquer pessoa pode participar, sem a necessidade de permissão ou autorização prévia. Cada participante tem uma cópia completa do registro de transações, e a validação das transações ocorre por meio de um consenso distribuído.

O Bitcoin e o Ethereum são exemplos de blockchain pública.

O lado positivo é que a blockchain pública é altamente descentralizada e transparente, com segurança aprimorada por meio do consenso distribuído. No entanto, o desempenho da blockchain pública está limitado justamente devido à necessidade de validação de consenso distribuído.

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Blockchain privada

A blockchain privada é uma rede fechada e controlada por uma única entidade. O acesso ao registro de transações se restringe, e a validação das transações é feita por meio de uma autoridade central.

A blockchain privada é mais recomendada para o controle de processos internos, com uso limitado para transações externas. Então, temos como exemplos de blockchain privada o Corda e o Hyperledger Fabric.

Entre as vantagens está o fato de que a blockchain privada é altamente segura e escalável, com desempenho aprimorado em comparação com a blockchain pública. Assim, a privacidade e a governança são controladas pelo proprietário da rede.

Por outro lado, a centralização pode comprometer a transparência e a segurança do sistema. Ainda, a manutenção da blockchain privada pode ser custosa e complexa.

Blockchain consórcio

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Ilustração.

A blockchain consórcio é uma rede privada controlada por organizações autorizadas, em que as transações são validadas por meio de um consenso distribuído entre os membros da rede.

Dessa maneira, um dos benefícios da blockchain em consórcio é a adequação para setores em que várias organizações precisam colaborar em um processo de negócios, como o setor de seguros. Ou seja, esse tipo de blockchain permite que várias organizações trabalhem juntas em uma rede privada segura e confiável, com maior transparência e eficiência nos processos de negócios compartilhados.

Contudo, o controle compartilhado pode levar a um processo de tomada de decisão mais complexo, e a necessidade de validação de consenso distribuído pode reduzir a velocidade e a eficiência do processo.

Blockchain híbrida

Portanto, a blockchain híbrida combina elementos da blockchain pública e da privada. Ela permite que diferentes partes da rede tenham diferentes níveis de acesso e controle.

Ou seja, transações são validadas por meio de um consenso distribuído em parte da rede e por meio de uma autoridade central em outra parte. Em suma, exemplos de blockchain híbrida incluem o Dragonchain e o Quorum.

Em suma, empresas de comércio eletrônico podem se beneficiar bastante com ela no gerenciamento de pagamentos, com a validação das transações.

Dessa forma, algumas vantagens envolvem a blockchain híbrida oferecer a flexibilidade e a escalabilidade da privada, combinado com a transparência e a segurança da blockchain pública. Além disso, podemos adaptá-la para atender às necessidades específicas de diferentes aplicativos.

Em compensação, a nível de complexidade da blockchain híbrida pode dificultar sua implementação e manutenção.

Diferenças entre os tipos de blockchain

Cada tipo de blockchain tem suas características e peculiaridades, que precisam ser compreendidas antes de escolher a solução mais adequada para cada caso. As principais diferenças entre blockchain pública, privada, consórcio e híbrida são:

  • Acesso: a blockchain pública é aberta e acessível a todos, enquanto a privada está sob uma única organização ou grupo. O tipo consórcio tem controle de várias organizações autorizadas, e a híbrida combina aspectos de blockchain pública e privada em uma única solução;
  • Consenso: a blockchain pública usa um consenso distribuído para validar transações, enquanto a privada e consórcio utilizam um consenso entre os participantes da rede. A híbrida pode usar ambos os métodos de validação;
  • Segurança e privacidade: a blockchain pública é a mais segura e transparente, enquanto a privada é mais segura e privada. Dessa maneira, a blockchain consórcio e híbrida são soluções intermediárias.

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Cuidados ao agir

De fato, ao implementar a blockchain, as instituições financeiras devem tomar algumas medidas de segurança e privacidade, incluindo:

  • Criptografar as transações e dados sensíveis.
  • Limitar o acesso e controle da rede a um grupo selecionado de participantes confiáveis.
  • Implementar medidas de proteção contra ataques cibernéticos e fraudes.
  • Garantir a conformidade com as regulamentações de privacidade e proteção de dados.

Portanto, a escolha do tipo de blockchain depende do caso de uso específico, dos requisitos de segurança e privacidade, e do nível de controle e acesso desejado.

E a DLT?

A DLT, muito utilizada em moedas digitais (como o real digital ou yuan digital), é um banco de dados digital, assim como as blockchains. DLT tem como significado, em português, “tecnologia de ledger distribuída”. 

Então, as empresas que adotam o DLT conseguem acompanhar as informações e registros por meio do sistema, funcionando de modo bem semelhante às blockchains. Porém, geralmente as blockchains funcionam com mecanismo de consenso e as DLTs possuem um funcionamento diferente. 

A evolução da tecnologia blockchain e seus diversos mecanismos de consenso, como Proof of Work (PoW) e Proof of Stake (PoS), não apenas revolucionaram o mundo das finanças e das criptomoedas, mas também abriram caminho para inovações em múltiplos setores, incluindo o emergente metaverso.

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