Cultivo de Hortaliças: Saiba como plantar no verão

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Cultivo de hortaliças é algo que depende de muita informação para que se obtenha sucesso na plantação.

As mudanças térmicas são notadas na produção e no valor dos produtos como exemplo, as hortaliças. Por essa razão, falamos que alguns alimentos são de época.

Estamos no verão, que é a estação onde as temperaturas aumentam e devido a esse calor, a água evapora, formando também as nuvens de chuva, porém, como vivemos em um país com dimensões continentais, enquanto algumas regiões sofrem com aumento de chuvas, outras sofrem com onda de calor e seca.

Esse fato influencia diretamente o trabalho da agricultura e consequentemente, diversos cultivos de hortaliças como exemplo alface, couve, rúcula, agrião, almeirão, cheiro verde, brócolis e até raízes como a mandioca e a batata, assim como interfere na produção de tomate, pimentão, entre outras variedades de alimentos.

Principais hortaliças e dificuldades que encontramos no verão

De acordo com o consumo básico de alimentos, aqui encontramos os principais alimentos na mesa dos brasileiros e suas dificuldades nesse clima.

  • Alface – Quando o clima é quente e seco, favorece a proliferação de pulgão nas roças de São Paulo. Apesar do calor contribuir para um possível aumento no consumo, há grande preocupação quanto à irrigação, que pode prejudicar a qualidade dos pés e limitar o plantio no médio prazo.
  • Batata – Na maior parte das regiões, o forte calor e as altas prejudicam a produção desse tubérculo. Os maiores problemas se relacionam à qualidade, ou seja, escurecimento e má formação da pele, bem como à produtividade. Embora as áreas sejam irrigadas, a baixa umidade relativa do ar e o forte calor acabam interferindo na fisiologia da planta, sendo assim, com o encurtamento do ciclo, por causa das altas temperaturas, a colheita é acelerada para evitar a perda de qualidade.
  • Cebola – O calor prejudica a finalização da colheita pois as altas temperaturas as vezes causam o ressecamento da casca do bulbo, e dessa forma, a qualidade é reduzida.
  • Cenoura – A maior dificuldade em relação a essa hortaliça se encontra no fato de que em altas temperaturas, as plântulas podem ter dificuldades em emergir ou até mesmo não emergirem.
  • Tomate – As altas temperaturas aceleram a maturação, o que faz com que o tempo de colheita e venda tenha que ser muito rápido, caso contrário se perde o produto com facilidade.

Época de chuvas

Primeiramente, torna-se importante pontuarmos que a safra 20/21 já começou em atraso por consequência da grave seca que atingiu os campos produtivos no ano passado, durando até dezembro. Nesse mesmo mês foi quando a situação começou a mudar e as chuvas retornaram. Dessa forma, as lavouras se recuperaram, o que fez com que produtores e técnicos tivessem uma visão otimista da situação. Mas tudo precisa ter um equilíbrio e agora em janeiro, esse excesso de chuvas é prejudicial.

O problema principal do grande volume das águas vem com atraso nas colheitas, redução da produtividade e qualidade das hortaliças por razão de doenças que se originam do aumento da umidade no solo.

Também a questão de que, com grandes chuvas, o agricultor está com dificuldades para entrar a campo e realizar os tratos culturais necessários. Aquele que não modernizou tecnologicamente sua forma de cultivar hortaliças, encontra muita dificuldade nesse período complicado.

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Cultivo de hortaliças em campo aberto

Caso o produtor agrícola não leve em consideração as mudanças climáticas e seus efeitos, isso pode gerar a perda integral das hortaliças. Caso o cultivo seja à céu aberto, de maneira tradicional, infelizmente a perda pode chegar até 100% da produção. Com altas temperaturas, também entregam fortes chuvas, estas podem encharcar o solo e apodrecer certas folhosas, e assim criar um ambiente propício para as pragas e doenças. Como se não bastasse, ainda há a possibilidade de chuvas de granizo, que podem destruir a lavoura.

Há o conhecimento desses riscos por parte do agricultor familiar, portanto poucos agricultores familiares que desenvolvem o cultivo tradicional de hortaliças optam por continuar a cultivar folhosas no verão.
Muitos optam pelo cultivo de alimentos como o jiló e o quiabo como exemplo, pois tem maior resistência ao clima da estação.

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Cultivo Hidropônico

Devido a essa mudança na escolha de produção, os agricultores responsáveis pela produção de hortaliças nesse período são aqueles que atuam com cultivo protegido, ou seja, em viveiros com uso das técnicas hidropônicas.

Em resumo, o cultivo hidropônico consiste no cultivo de plantas em meio a uma solução nutritiva, ou seja, sem contato com o solo.

Efeitos econômicos do cultivo de hortaliças no verão

Como a oferta torna-se menor que a demanda, os valores aumentam.

Isso se dá por dois fatores:

Primeiramente, poucos produtores conseguem cultivar hortaliças no verão pois precisam ter um ambiente protegido para tal.

O segundo fator que contribui muito com a alta de valores das hortaliças no verão é o alto consumo desses produtos na época. Porque de acordo com os hábitos de consumo dos brasileiros, há um aumento na busca por alimentos refrescantes.

As razões para isso se alternam em aliviar o calor, auxiliar na digestão e entregar uma alimentação mais leve, tanto para suportar as altas temperaturas como em forma de dietas para amenizar o consumo realizado nas festas de fim de ano e período de férias.

Alternativas ao cultivo tradicional de hortaliças no verão

Como dito anteriormente, uma forma de se precaver e continuar o cultivo de hortaliças no verão é o cultivo protegido dessas hortaliças que são mais frágeis às ações climáticas.

Dessa forma, se previne situações decorrentes dessa época em campo aberto, como exemplo, doenças como aparição de fungos, pragas, lagartas e moscas brancas.

Acompanhamento da Agraer para o cultivo de hortaliças no verão

A Agraer (Agência de Desenvolvimento Agrário e Extensão Rural) acompanha os produtores que a procuram para que juntos possam minimizar os prejuízos da produção durante a estação.

Seja o cultivo tradicional ou protegido, recomenda-se que o produtor rural tenha o acompanhamento de um profissional da Agraer mais próxima de sua lavoura para lhe entender, e ver quais são as medidas corretas em cada tipo de situação.

Para aquele agricultor familiar que não consegue efetuar o cultivo controlado de hortaliças, há uma solução. Recomenda-se que procure variedades de mudas e sementes desenvolvidas exclusivamente para o cultivo no verão. Assim como, o acompanhamento de um profissional qualificado para que corra tudo bem.

Custo x Benefício

Estudar tanto a lavoura quanto o mercado é essencial para o produtor. Se parar, para pensar, embora seja mais difícil o plantio no verão, o consumo é maior, e por consequência, a procura por esses alimentos.

Dessa forma, o valor de venda se torna mais atrativo para o produtor. Especula-se que uma hortaliça vendida a aproximadamente R$0,80 no inverno, pode chegar a R$3,00 no verão.

Por essa razão, muitos agricultores familiares esperam para fazer o cultivo de hortaliças no verão, porque há um maior retorno, embora haja custo de produção.

Dessa forma, o cultivo de hortaliças no verão em ambiente protegido compensa, se o produtor colocar seus gastos na ponta do lápis.

Tudo que o produtor rural deve fazer para obter êxito com o cultivo de hortaliças no verão é avaliar os riscos que corre. Também deve-se analisar quais as medidas necessárias para uma boa produção. Pronto, estudando o que deve ser feito e verificando seus pontos de tensão, o saldo pode ser bem positivo.

O acompanhamento de um profissional torna-se ainda mais necessário se o agricultor faz o uso de algum defensivo agrícola. Pois as chuvas constantes no verão interferem muito na eficácia dos defensivos. Já que a grande quantidade de água em contato com as folhar diminui o período de proteção. Dessa forma, os problemas com pragas e doenças podem ser mais recorrentes.

Em resumo, o cultivo de hortaliças no verão apresenta algumas dificuldades, mas com estudo, pode ser uma boa solução financeira para o pequeno agricultor.

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