O que é Bard e como ele funciona?

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Em fevereiro de 2023, o Google anunciou o Bard como uma tentativa de conter a ascensão do ChatGPT da OpenAI. O que poucos sabem é que o Google também é um dos responsáveis pelo desenvolvimento do ChatGPT, pois o ChatGPT surgiu a partir do Transformer, uma rede neural do Google. O Transformer foi publicado em 2017, dando início a ascensão de aplicativos e chatbots baseados em inteligência artificial.

A inteligência artificial do Google, o Bard, baseia-se no LaMDA, um modelo de linguagem de conversação. O LaMDA surgiu inicialmente como Meena, um chatbot alimentado por uma rede neural de 2,6 bilhões de parâmetros, mas que logo deu espaço para o LaMDA.

O que é Google Bard?

Desenvolvido pelo Google, o Bard é uma ferramenta de chatbot experimental baseada em inteligência artificial. Sendo uma ferramenta avançada, o Bard consegue extrair informações da internet e possui um funcionamento mais humano.

Como o Bard funciona

O Google disponibilizou uma versão mais leve e funcional neste primeiro momento para o Bard porque deseja verificar como a ferramenta vai funcionar e qual será seu desempenho. Sundar Pichai, CEO do Google, disse que o Bard vai retirar informações da internet e que esse processo vai fornecer “respostas novas e de alta qualidade” para a IA.

O Bard funciona de modo similar aos demais chatbots, pois basta que os usuários entrem em sua interface e realizem comandos por meio de textos, como perguntas.

Quando será lançado

O Bard lançou para testes em 21 de março, mas ainda não está disponível para todos os países, apenas Estados Unidos e Reino Unido. Porém, o Google ainda não confirmou quando o Bard lançará no Brasil ou em outros países. 

Quem criou o Bard

A criação do Bard ocorreu por meio do setor de pesquisas do Google, o Google Research, que desenvolveu o Transformer e o disponibilizou em 2017. 

O responsável pela criação do Bard foi o CEO do Google, Sundar Pichai, pois foi ele quem criou a divisão de inteligência artificial do Google, o Google AI e deu avanço nas pesquisas e desenvolvimento de IA da companhia. O Bard surgiu como resultado do Google AI, Google Research e do DeepMind.

Bard vs ChatGPT

Tanto o Bard quanto o ChatGPT utilizam o Transformer, uma rede neural da Google disponibilizada em 2017, mas as IA não são tão parecidas quanto parecem. Veja algumas diferenças:

Google Bard:

  • Modelo de linguagem LaMDA (sigla em inglês para Modelo de Linguagem para Aplicativos de Diálogo).
  • Possui acesso à internet.
  • Objetivo de simplificar processos complexos para pesquisa.
  • Treinado em diálogos e histórias humanas.
  • Respostas mais humanas.

ChatGPT:

  • Modelo de linguagem GPT-4 (Generative Pre-trained Transformer, ou Transformador pré-treinado generativo).
  • Conhecimento limitado a dados disponíveis até 2021.
  • Foco em criar conteúdo textual.
  • Treinado com dados de textos, como o Wikipedia.
  • Respostas mais robóticas.

O Bard segue três diretrizes: segurança, qualidade e fundamento, tornando o modelo IA mais confiável e com respostas mais realistas. O Bard também não gera respostas pré-definidas, mas gera as respostas instantâneamente, após analisar o contexto. Portanto o foco do Bard está na qualidade, gerando uma conversação mais interessante para os usuários.

Por outro lado, o ChatGPT possui um treinamento diferente, que permite que a IA erre em suas respostas, mas que consiga aprender com seus erros e corrigir as respostas quando perguntada novamente. O ChatGPT também pode receber tarefas específicas, como traduzir idiomas ou gerar códigos de alguma linguagem de programação.

Novos mecanismos de pesquisa

O lançamento do Bard acirra ainda mais a disputa entre o motor de busca do Google e o motor de busca da Microsoft, o Bing. A Microsoft está investindo bilhões de dólares para aprimorar a capacidade do Bing por meio da inteligência artificial.

O Bing informou recentemente a integração do mecanismo de busca com o GPT-4, onde basta o usuário fazer login e já tem acesso ao chatbot. O chatbot só está disponível para os usuários que entram por meio do Microsoft Edge porque a medida busca estimular o uso do Edge ao invés do navegador do Google. 

Vale lembrar que algumas ferramentas do Google já aprimoram a experiência do mecanismo de pesquisa da empresa, como o Google Lens e o Google Assistente. Posteriormente, o Bard também terá integração com o mecanismo de busca do Google, criando uma disputa ainda maior.

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Polêmicas envolvendo o Bard

O processo de desenvolvimento e lançamento do Bard está marcado por duas polêmicas. A primeira polêmica fez com que o valor das ações da Alphabet (controladora do Google) caíssem em 7,4%, pois na apresentação oficial do produto, o Bard deu uma resposta errada.

Em suma, em fevereiro, o Google apresentou o Bard para fazer concorrência contra o ChatGPT. Portanto, para demonstrar o Bard, o Google compartilhou um GIF que mostra o Bard respondendo a seguinte pergunta: “quais novas descobertas do Telescópio Espacial James Webb posso contar ao meu filho de 9 anos?”.

De fato, o Bard deu três respostas e, na última, diz que o telescópio JWST tirou as primeiras fotos de um planeta fora do nosso próprio sistema solar. Porém, a ferramenta logo foi contrariada por vários astrônomos. De fato, inclusive, no site da NASA consta que a primeira foto tirada fora de nosso sistema solar foi feita pelo telescópio Very Large Telescope (VLT). 

A segunda polêmica ocorreu ainda em 2022, quando o engenheiro do Google, Blake Lemoine, disse que o Bard havia se tornado senciente, ou seja, adquiriu sentidos humanos. Ele disse que chegou a essa conclusão porque o Bard respondeu questões pessoais, como valores morais e religião.

Posteriormente o Google negou a afirmação. O engenheiro foi demitido por motivo de ter violado as informações do produto, enquanto que as alegações foram rejeitadas pela comunidade científica.

Bem, senciente ou não, o Bard ainda tem muito caminho para percorrer, mas certamente vai trazer diversos benefícios e contribuir com a sociedade. 

Saiba Mais

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