POCILGA: Dicas para a construção e higienização

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Pocilga tem como definição chiqueiro. Por sua vez chiqueiro significa curral onde se cria ou recolhe-se um grupo de suínos.

Muitas vezes esses termos têm relação com um lugar sujo, mas a realidade precisa ser bem diferente ao lidar com a suinocultura.

Portanto, para a criação de porcos, se faz necessário a instalação de uma pocilga ou chiqueiro em boas condições sanitárias. Ou seja, um ambiente limpo e seco, que proteja o rebanho de porcos de doenças e condições climáticas, como frio e sol fortes.

A rotina de trabalho dos produtores de rebanho suíno deve incluir procedimentos diários que garantam a segurança dos animais e um ambiente livre de agentes causadores de doenças.

Assim sendo, pouco adianta construir uma boa pocilga, se não limpá-la corretamente.

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Nesse artigo da Culte, explicaremos sobre higienização e construção de uma pocilga que permita o conforto dos animais e lucro para o produtor na prática da suinocultura.

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Evolução das pocilgas

Antes de tudo, os porcos eram criados em pocilgas mal instaladas, e, portanto, sem as condições sanitárias ideais para preservar o bem estar e saúde desses animais.

Por consequência, essas instalações sujas, as baias que eram frias e as condições insalubres prejudicavam a rentabilidade do produtor de suínos, pois o seu rebanho estava sujeito à proliferação de parasitas e todo tipo de agente infeccioso. Ou seja, seus animais não estavam saudáveis, seus produtos não eram de qualidade e poucos sobreviviam.

Com o passar do tempo, os produtores entendendo melhor sobre a necessidade de ter pocilgas adequadas para os suínos, E assim surgiram instruções e normas para a construção de pocilgas que possibilitassem uma melhor higienização e como finalidade, o conforto do rebanho suíno assim como melhorias na saúde do plantel.

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Homeotérmica

Primeiramente se faz importante ressaltar a característica homeotérmica dos suínos, ou seja, esses animais têm a capacidade de regular a sua própria temperatura corporal. Mas para que esse mecanismo natural funcione, a temperatura ambiente deve estar dentro de certos limites.

Portanto, a pocilga precisa prover essas condições de conforto para os suínos.

Dessa forma, o desempenho produtivo dos suínos está diretamente ligado ao aperfeiçoamento das instalações com adoção de técnicas e equipamentos de condicionamento térmico ambiental.

Claro que as temperaturas limites diferem de acordo com a situação dos animais, ou seja, leitões, fêmeas, machos, recém-nascidos, em desmame ou em gestação têm necessidades diferentes.

Para manter a temperatura interna da instalação dentro da zona de conforto térmico de acordo com as necessidades dos suínos e ainda assim aproveitar as condições naturais do clima, alguns aspectos básicos:

  • Localização
  • Orientação
  • Dimensões das instalações
  • Cobertura
  • Área circundante
  • Sombreamento.

Localização da pocilga

A área selecionada para a construção deve contemplar tanto a locação da instalação como a sua possível expansão. Tudo isso de acordo com as exigências do projeto, de biossegurança e das normas descritas em relação à proteção ambiental.

Recomenda-se que o local escolhido aproveite a circulação natural do ar e não seja obstruído por outras construções ao redor, nem barreiras que sejam artificiais ou naturais. Para ajudar, pense que a instalação deve estar situada em relação a direção principal do vento. Dessa forma, os efeitos da radiação solar no interior da pocilga diminui.

Há mais um ponto importante sobre a escolha do local. Um declive suave, com a instalação voltada para o norte ajuda na boa ventilação. Mas os ventos dominantes do local levados em consideração, especialmente no inverno.

Geralmente, a construção da pocilga deve ser feita em um local que tenha fontes de água próximas, mas que a localização impeça a contaminação com fezes e urina dos animais. Assim como a ração e local que os suínos irão dormir. Todos esses locais precisam ser constantemente higienizados e assim prevenir doenças.

Espaçamento da pocilga

As instalações devem ser afastadas uma da outra o bastante para que não existam barreiras à ventilação natural da outra. Assim sendo, recomenda-se afastamento de 10 vezes a altura da instalação, entre as duas primeiras a barlavento (onde o vento sopra), sendo que da segunda instalação em diante o afastamento deverá ser de 20 a 25 vezes esta altura, caso haja.

Em relação ao espaçamento dentro do ambiente, os porcos devem ser criados em pocilgas que tenham espaço para que eles possam se movimentar tranquilamente. Dessa forma, o mais recomendado seriam espaços de 4,65m² na área para cada animal.

A princípio, deve-se escavar 30 cm do piso da pocilga. Assim se garante um bom isolamento.

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Estrutura da pocilga

Como em um grupo de suínos existem animais em várias fases de criação, devem ser construídas baias adicionais ou galpões separados para alojar leitões, porcas gestantes e suínas em fase adulta. Pelo mesmo ponto de vista, se faz necessário o planejamento e instalação de uma enfermaria, assim como de um alojamento para os animais recém-nascidos.

A estrutura da pocilga construída com os seguintes materiais:

  • Concreto
  • Tijolos
  • Madeira
  • Tela.

Para o piso, faça-o com concreto ou mesmo tijolos. Já o teto de madeira pode ter a altura entre 20 e 30 cm para que o chiqueiro receba uma boa ventilação. É importante deixar um pico para que a água da chuva possa escoar.

Coloque telhas de barro e algumas janelas, mas não se esqueça de colocar também uma malha metálica com moldura de madeira para não permitir a entrada de insetos nem de animais que podem ser vetores de várias doenças e assim contaminar o rebanho.

Em volta de toda a pocilga, se faz necessário à instalação de uma cerca bem resistente e que de preferência tenha painéis. As cercas de arame normalmente usadas para aves não devem ser usadas para os suínos, pois eles podem dobrá-las com facilidade. Ao instalar postes de madeira, lembre-se de colocá-los a 60 cm de profundidade e cobri-los com malha de metal.

Assim, os suínos não conseguem comer a madeira.

Após a construção da pocilga, espalhe no piso casca de arroz, maravalha, serragem, palha de trigo, palha de milho, feno, bagaço de cana ou sabugo de milho moído. Mas é importante que seja feita a troca da cama com frequência. Assim torna-se possível a conservação do local limpo, seco e principalmente, sem foco de doenças.

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Todos dentro, todos fora.

Tratando-se da higienização na suinocultura, há o método conhecido como todos dentro, todos fora. Seu funcionamento consiste em transferir todos os animais de uma instalação para outra dentro do terreno ao mesmo tempo.

Nesse ínterim, as baias e celas serão limpas e desinfetadas conforme o necessário para impedir a transmissão de agentes infecciosos entre os lotes.
Assim sendo, os próximos suínos encontrarão um ambiente confortável e livre de contaminações em seu futuro alojamento.

Etapas para higienização de pocilga

1) Após a saída dos animais:

Começar a limpeza seca usando com pá e vassoura.
Esvaziar as calhas ou fossas existentes.
Desmontar e lavar todos os equipamentos da sala.

2) A limpeza úmida deve começar no máximo 3 horas após a saída dos animais:

Primeiramente, despejar no local detergente com água. O detergente deve ser de boa qualidade e a água limpa.
Após o detergente, utilizar jato de alta pressão.

3) No dia seguinte à lavagem úmida:

Aplicar desinfetante.
Observar com cuidado a diluição do desinfetante. Deve-se seguir sempre a recomendação do fabricante. Uma diluição inadequada pode fazer com que o desinfetante não atue como esperado.
Desinfetar todas as superfícies da sala e todos os equipamentos.

Nos meses de inverno, usar água pré-aquecida a 37°C para diluir o desinfetante.
No caso de sala de maternidade, fazer uma segunda desinfecção com vassoura de fogo.
Deixar a sala fechada por no mínimo 5 dias, para assim realizar o vazio sanitário.
Montar os equipamentos e alojar os animais na sala limpa e desinfetada.

O produtor de suínos

O produtor de suínos não pode esquecer-se de realizar a limpeza seca, com pá e vassoura na presença dos animais. Deve ser feita diariamente de 1 a 3 vezes ao dia, dependendo do tipo de instalação.

Nas fases de cobrição e gestação, normalmente utiliza-se o sistema contínuo, sem os 5 dias de vazio sanitário. Nessa situação, para reduzir a contaminação do ambiente, deve-se lavar e desinfetar as baias ou boxes sempre que um lote de fêmeas sair.

Quando diminuímos a carga bacteriana nas pocilgas, reduzimos também a possibilidade de transmissão de doenças e, consequentemente, a mortalidade no lote de suínos. Além disso, com mais saúde, os animais se desempenham melhor. Por isso a utilização do jato torna-se essencial para a retirada da matéria orgânica do galpão, onde podem estar os agentes infecciosos. Entre maternidade, creche e terminação, o cuidado tem que ser ainda maior.

Os leitões podem adoecer rápido em um ambiente contaminado, por não possuírem uma imunidade forte. A limpeza elimina cerca de 80% da matéria orgânica e a desinfecção chega a atingir 99% dos micros organismos.

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