O que é Internet das Coisas (IoT)

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A Internet das Coisas faz parte de uma tendência tecnológica que visa melhorar a eficiência da indústria e a produtividade geral, junto com outras tecnologias e técnicas, como aprendizado de máquina e computação em nuvem.

De fato, tida como uma tecnologia da Quarta Revolução Industrial, a Internet das Coisas ou Internet of Things (IoT) é uma tecnologia importante para o dia a dia, tendo seu conceito desenvolvido por Kevin Ashton.

Portanto, continue lendo para saber mais sobre o que é a Internet das Coisas e sua história.

O que é a Internet das Coisas

Conferência realizada na Suíça, 2008, sobre a Internet das Coisas
Conferência realizada na Suíça, 2008, sobre a Internet das Coisas

A Internet das Coisas, ou internet of Things (IoT), se refere aos objetos e dispositivos físicos que estão equipados com sensores ou outras tecnologias e estão conectados à internet, trocando dados e informações com outros dispositivos ou pessoas.

A tecnologia da Internet das Coisas traz inteligência e conectividade para os objetos com o propósito de melhorar a produtividade ou apenas trocar informações.

Essa tecnologia pode ser encontrada em todos os ambientes, desde as simples residências até a indústria, visto que é uma tendência em crescimento no mundo. 

Portanto, de modo simples, o conceito de Internet das Coisas se aplica em dispositivos que possuem botão de ligar/desligar e estão conectados à internet.

História da IoT

Kevin Ashton, criador do termo Internet das Coisas (Internet of Things - IoT), 2015.
Kevin Ashton, criador do termo Internet das Coisas (Internet of Things – IoT), 2015.

De fato, o conceito de Internet das Coisas surgiu com Kevin Ashton, em 1999. Em suma, Ashton utilizou o termo para se referir a um projeto de sensor que ele estava trabalhando.

Para Ashton, seria incrivelmente interessante que objetos pudessem auxiliar as pessoas no processamento de dados, visto que temos pouco tempo disponível e não somos capazes de processar muita informação, em comparação a computadores. Assim, os computadores poderiam coletar dados e rastrear as informações, reduzindo o desperdício, prejuízos financeiros e custos eventuais.

Antes de Ashton, um dispositivo IoT foi desenvolvido nos anos 80, quando um grupo de estudantes conectou uma máquina de venda de refrigerantes à internet para que ela transmitisse dados como: se havia refrigerantes disponíveis e se eles estavam gelados. 

A ideia era não perder tempo indo até a máquina, caso ela não tivesse refrigerantes ou eles não estivessem gelados.

Nos anos 90, John Romkey conectou uma torradeira à internet, um fato curioso, mas apenas em 2008 que a Internet das Coisas passou a ter repercussão internacional. Na Suíça, ocorreu a primeira conferência internacional da Internet das Coisas.

A conferência teve o propósito de “facilitar o compartilhamento de aplicações, resultados de pesquisa e conhecimento” a respeito da tecnologia da Internet das Coisas. 

Aplicação da Internet das Coisas

Internet das Coisas conecta diferentes dispositivos

Mesmo que essa tecnologia não seja tão recente, ela trouxe diversos benefícios para a indústria e para o uso cotidiano, como o conceito de casas inteligentes.

Uma casa inteligente nada mais é do que uma residência automatizada que executa diversas tarefas sem a necessidade de intervenção humana. 

Ela também está conectada à Internet das Coisas e pode ser controlada através de comandos de voz ou dispositivos eletrônicos. 

Um exemplo comum que podemos citar dentro do conceito de casa inteligente são as lâmpadas: 

  • Lâmpada comum: para ligar e desligar ela precisa ir até o interruptor físico. Não possui conexão com a internet e nem transmite informações.
  • Lâmpada inteligente: ligada através de comando de voz ou por dispositivos eletrônicos. Possui conexão com a internet e transmite dados. 

Dessa forma, no cotidiano, outros dispositivos inteligentes são: relógios e pulseiras, sensores de movimento, carros autônomos e geladeiras inteligentes.

Smartphones e computadores não fazem parte de dispositivos IoT, visto que já surgiram programados para ter acesso à internet. 

Porém, uma preocupação que envolve a Internet das Coisas está na privacidade e segurança, visto que como os objetos estão conectados a internet, eles estão sujeitos a ataques e invasões de hackers. 

Um ataque pode fornecer dados da câmera de segurança ou informações da rotina do proprietário. Além disso, os objetos IoT são físicos, os danos não ficam apenas no meio digital, mas podem ter consequências físicas. 

Portanto, no mundo, temos mais de 27 bilhões de dispositivos IoT e com uma tendência de crescimento absurda, podendo ultrapassar os 100 bilhões de dispositivos conectados à Internet das Coisas já em 2030. 

Aplicação na área da indústria

Internet das Coisas utilizada no agronegócio para melhorar eficiência e produtividade

Esse crescimento é explicado facilmente pelos benefícios que a Internet das Coisas proporciona para os setores da manufatura, varejo, infraestrutura e saúde. 

A Internet das Coisas faz parte de uma tendência tecnológica na indústria conhecida como Indústria 4.0 ou Quarta Revolução Industrial.

Listamos alguns dos benefícios que a Internet Industrial das Coisas traz para a indústria:

  • Aumento da efetividade da produção.
  • Manutenção preditiva. 
  • Otimização da logística e transporte.
  • Automação no rastreio e localização de produtos.
  • Prevenção de falhas e riscos.
  • Redução de custos.

É estimado que empresas europeias gastarão cerca de 200 bilhões em tecnologia IoT esse ano, crescendo cerca de 25% ao ano. No Brasil, esse mercado movimenta mais de 8 bilhões de reais.

Internet das coisas e aprendizado de máquina

É importante citar o aprendizado de máquina, porque ele funciona em conjunto com a Internet das Coisas nas aplicações tanto na indústria quanto no dia a dia comum.

Dessa forma, o aprendizado de máquina é um campo da Inteligência Artificial que consiste na ideia de que as máquinas podem aprender com os dados e informações, identificar padrões e tomar decisões através disso, como corrigir erros, com o mínimo de intervenção humana.

De fato, um exemplo bem prático de aprendizado de máquina ocorre em serviços de streaming, como Netflix ou Youtube. Na Netflix, cada vez que um usuário entra para assistir algo, ele encontra diversas recomendações que foram sugeridas pela Netflix. 

Enfim, o aprendizado de máquina coleta informações em todo o banco de dados e identifica padrões. Ele “aprende” os gostos que os usuários têm e estima a probabilidade que cada usuário tem de assistir a um título em especial, assim ele faz recomendações para os usuários, sem precisar de intervenção humana.

Assim, dispositivos IoT, como sensores e veículos, podem captar dados para resolver um problema, repassar esses dados para o aprendizado de máquina, obter o padrão dos erros e executar a resolução do problema sem precisar de intervenção humana.

Leia mais sobre outra tecnologia que está sendo utilizada com o aprendizado de máquina e dispositivos da Internet das Coisas: o que é um gêmeo digital?

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