Barter: Uma alternativa para a distribuição agrícola

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Hoje vamos falar sobre negociação, mais precisamente sobre barter! O termo barter significa permuta, troca, ou seja, uma forma facilitada de negociação.  

Podemos dizer que barter é como um financiamento, uma forma que o produtor rural tem de comprar com um custo mais baixo. 

E neste caso, a produção agrícola é a moeda de troca. 

Se esse assunto soa como novidade para você, continue com a Culte para descobrir tudo sobre o assunto. 

Vamos lá?

O que é barter?

Antes de mais nada, barter é como uma modalidade de negociação, onde se fixa o valor do investimento do produtor rural na própria produção agrícola.

O contrato barter é, de fato, um forte modelo de negócio onde o produtor rural pode fazer a compra de seus produtos, com um financiamento menos burocrático.

Logo, ele assegura ao produtor o poder de compra sem que para isso ele tenha que tirar dinheiro do bolso.  

Em outras palavras, o agricultor pode antecipadamente fazer a aquisição dos insumos que precisa para a lavoura, e além disso, consegue alinhar com o distribuidor desses insumos o pagamento do próprio produto que ele ainda irá produzir. 

É uma operação que vem sendo usada desde 1990 e evoluindo muito desde então. É bastante benéfico para o agronegócio, tanto para produtores quanto para vendedores.

Empresas de grande porte representam cerca de 60% do faturamento a partir de contratos barter realizados. 

Como funciona na prática? 

Primeiramente, vamos entender como funciona essa operação de troca. 

De um lado temos um produtor rural que precisa comprar insumos agrícolas. Do outro, temos um fornecedor de insumos. 

Esse produtor que deseja adquirir tais insumos oferece como moeda, ou seja, como pagamento, parte da sua safra.

Então este produtor que cultiva soja, irá pagar parte dos insumos adquiridos com uma fatia do que ele produziu na safra, por exemplo. 

O barter é feito ainda antes da colheita,o que impede a variação de preço, pois este já é fixado previamente.

E então é feito um contrato entre a agroindústria e o produtor rural.

Por fim, vamos compreender como é feito o pagamento. 

A agroindústria, coloca o contrato em uma trading, ou seja, uma operação de compra e venda, comércio, essa trading irá vender esse contrato e fará o pagamento. 

Em resumo, nada mais é que uma triangulação, onde as três partes entram em acordo para realizar um contrato barter.

Este é o básico de toda a operação. 

Assim, o produtor oferece parte de sua safra como moeda de troca, a agroindústria fornece os insumos, fecha o contrato e coloca-o em uma trade, e por último, a trading monetiza e transforma em dinheiro. 

Toda essa operação depende de variáveis, valores, mercado, etc. 

Contudo, ela pode ser feita por grandes, médios e pequenos produtores. 

No caso de pequenos produtores, caso o contrato seja inviável, ele pode fazer através de uma cooperativa. Pois lá, é possível encontrar vários outros pequenos produtores que têm o mesmo objetivo, ou seja, fazer esse contrato acontecer.

Barter e a Cédula de Produto Rural

A parte contratual da operação Barter é a CPR (Cédula de Produto Rural), é uma espécie de registro legal firmado em cartório. 

Assim, ela garante o trato feito entre produtor rural e fornecedor de insumos. 

Logo, quando o produtor assina e firma o contrato, ele se responsabiliza a entregar de fato parte de sua próxima produção. 

 A CPR foi criada em 1994, de acordo com a Lei 8.929. 

O estabelecimento dessa lei, promoveu uma maior participação do setor bancário, aumentando e estimulando os investimentos no agronegócio. 

A Cédula de Produto rural pode ser emitida tanto pelo próprio produtor rural, quanto por associações e cooperativas.

E nela devem obrigatoriamente conter os seguintes itens: 

  • Denominação da CPR
  • Data de entrega
  • Promessa de entrega
  • Indicação do produto
  • Qualidade e quantidade estipulada
  • Nome do credor
  • Descrição dos bens vinculados 
  • Assinatura do eminente 

Vantagens da negociação Barter

Em primeiro lugar, um dos maiores benefícios obtidos pelo agricultor é o fato de não precisar envolver dinheiro para aquisição dos insumos. 

Assim, X sacas de determinado grão valem XX sacas de fertilizantes, por exemplo. 

Em seguida, podemos citar a segurança garantida ao produtor contra a oscilação de preço que determinada pelo câmbio das commodities e outros produtos. Pois o preço já é pré-fixado na negociação, antes da colheita. 

A garantia de vendam uma outra vantagem lembrada, pois como toda a negociação antecipada os riscos são menores. 

Desse modo o produtor rural se compromete em entregar uma parte da sua safra como pagamento.

A operação Barter também evita que o agricultor faça empréstimos para financiar a compra de insumos necessários para sua produção. Empréstimos esses que contam com altas taxas de juros. 

Como toda a operação legalizada e firmada em contrato, as partes envolvidas se sentem mais confiantes, ou seja, mais seguras sobre o negócio que acabara de fechar.

Outro benefício dessa negociação é em relação às reduções de problemas com armazenamento, visto que, como parte da produção já está negociada previamente, o produtor não precisa se preocupar com armazenagem, pois já tem um comprador e um local de entrega que irá se responsabilizar por essa parte.

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A negociação tem desvantagens?

Por último, uma desvantagem que faz parte do contrato Barter é em relação aos juros. Assim como todo investimento tem taxas, a operação Barter conta com as suas. 

Logo, é necessário que o agricultor avalie se a troca é vantajosa e positiva para cada caso.

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