O que são criptomoedas de privacidade?

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Criptomoedas de privacidade ou privativas atuam para garantir proteção aos dados dos usuários, mas governos estão trabalhando para dificultar o uso de alguns protocolos, como aconteceu com o Tornado Cash. 

De fato, o Tornado Cash funciona como um misturador de criptomoedas, embaralhando transações de modo a dificultar o rastreio delas. Baseado em Ethereum, o Tornado Cash criado em 2019 e, desde então, utilizado para lavar mais de 7 bilhões de dólares em criptoativos.

Em suma, agosto de 2022, o protocolo foi banido nos EUA, chamando atenção para o uso de criptomoedas e protocolos de privacidade. Portanto, Roman Semenov, criador do Tornado Cash, está preso desde o banimento da plataforma.

O que são criptomoedas de privacidade

Na foto, Riccardo Spagni, desenvolvedor da Monero, criptomoeda de privacidade.
Na foto, Riccardo Spagni, desenvolvedor da Monero.

Antes de falarmos sobre criptomoedas privativas, é importante informar que o Bitcoin até pode mascarar a identificação do usuário, mas com técnicas adequadas é possível encontrar o proprietário do endereço das transações. 

Então, diferente do Bitcoin, as Criptomoedas de privacidade são projetadas para proteger e ocultar os dados sobre as transações e trazer anonimidade para os usuários.

Isso ocorre através de protocolos e técnicas, algumas criptomoedas permitem realizar transações financeiras de modo anônimo ou com pseudônimo. 

Dessa forma, existem diversos motivos pelo qual as pessoas buscam a anonimidade. Alguns querem proteger detalhes pessoais, fazer doações anônimas, mas essas criptomoedas também permitem a utilização para fins mais obscuros.

Como elas funcionam

No geral, existem diversos sistemas que proporcionam a privacidade para criptomoedas e blockchains. Em si, nenhuma é 100% segura, pois a tecnologia está constantemente evoluindo e podem surgir brechas ou invasões.

As criptomoedas de privacidade forçam o anonimato ou permitem essa anonimidade, ocultando informações e detalhes pessoais. Isso ocorre através de algumas técnicas, como:

zk-SNARKs. Também conhecido como prova de conhecimento zero, essa técnica criptográfica permite provar que a transação é verdadeira, mas sem revelar os detalhes da transação. 

Ring Signatures. As assinaturas de anel são uma coleção com muitas assinaturas reais, mas apenas uma pertence a quem está executando a transação. 

Ocultamento de endereço. Essa técnica permite ocultar o endereço do usuário, mas permite verificar o que foi comprado.

Mistura de moedas. Uma técnica também utilizada para garantir a privacidade é a mistura de moedas. A mistura de moedas embaralha as criptomoedas de modo que não seja possível saber quem é o proprietário.

Exemplos de criptomoedas de privacidade

Monero

Lançada em abril de 2014, a Monero tem como foco a privacidade e descentralização. Diferente do Bitcoin, a Monero utiliza um sistema que oculta informações sobre transações,  protegendo a privacidade do usuário. 

Assim, a criptomoeda utiliza três recursos de privacidade para proteger o usuário, de modo a dificultar o rastreio das transações e ocultar a carteira e o destinatário.

Zcash

Sendo a primeira criptomoeda a utilizar o zk-SNARKs, o Zcash cumpre bem seu papel em proteger o usuário e garantir o maior grau de privacidade disponível.

Ghost

O Ghost é um ecossistema descentralizado lançado em 2020 que tem como objetivo a privacidade. Essa criptomoeda ganhou notoriedade após John McAfee participar do desenvolvimento dela, tendo participado mais do marketing. 

Legalidade das criptomoedas de privacidade

Roman Semenov via Twitter dizendo que a conta dele no Github havia sido suspensa. Semenov desenvolveu o Tornado Cash.
Roman Semenov via Twitter dizendo que a conta dele no Github havia sido suspensa.

Existe uma longa disucssão a respeito da regulamentação de criptomoedas e também a respeito das criptomoedas de privacidade. 

Por exemplo, criptomoedas de privacidade estão banidas no Japão, como a Dash, Monero e Zcash, desde 2018. O motivo do banimento foi para impedir atividades ilícitas no mercado de criptomoedas. Mas também no Japão as demais criptomoedas podem ser negociadas livremente, inclusive, o parlamento japonês aprovou a legalidade de criptomoedas estáveis, as stablecoins.

Nos EUA é legal utilizar criptomoedas de privacidade, mas o governo está se reforçando cada vez mais para rastrear transações de criptomoedas, com prioridade no Bitcoin. Assim, cada país e região define melhor sobre a legalidade das criptomoedas e como elas podem ser empregadas.

Privacidade na Web 3.0 e no metaverso

As criptomoedas de privacidade podem ganhar maior espaço e adesão com o desenvolvimento da Web 3.0 e do metaverso.

A Web 3.0 tende a utilizar técnicas para evitar a intromissão do governo e das grandes instituições, favorecendo a privacidade e a descentralização. Assim, criptomoedas de privacidade podem funcionar em equilíbrio com a Web 3.0.

Não apenas isso, mas práticas discretas estão crescendo, principalmente por causa do grande número de vazamento de dados das grandes empresas, como o Facebook e Twitter.

No metaverso, as criptomoedas de privacidade podem fornecer a base de pagamento para as plataformas e empresas participantes e os usuários. Isso garantiria o funcionamento seguro do comércio no metaverso, mas protegeria detalhes críticos.

De qualquer forma, questões a respeito da regulamentação de criptomoedas estão crescendo e, no futuro, tais questões vão definir como as criptomoedas poderão ser utilizadas.

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