O que são redes sociais descentralizadas?

• Jamerson Rodrigues
• 0

As redes sociais desempenham um papel importante na conexão de pessoas e na formação da opinião pública em todo o mundo, mas elas estão cercadas de polêmicas e desafios que podem ser solucionados através da descentralização.

De fato, as principais questões atrás da centralização e palco de grande debate gira em torno do grande poder que as grandes mídias sociais mantêm sob seus usuários, o monopólio tecnológico e o uso de dados indevidos ou sem consentimento do usuário.

Então, o que precisaríamos para substituir as redes sociais centralizadas por redes sociais descentralizadas? Isso seria possível? E, afinal de contas, o que é uma rede social descentralizada?

O que são redes sociais descentralizadas

Redes sociais descentralizadas são aplicativos descentralizados (dApps) que utilizam contratos inteligentes e onde os dados e conteúdos são armazenados em uma blockchain e em servidores independentes.

Então, como elas funcionam? Em suma, uma rede social descentralizada, o usuário pode criar sua conta utilizando sua carteira de criptomoedas. Seus dados ficam armazenados em servidores diferentes e mantidos em segurança. Anúncios ou recompensas funcionam com criptomoedas, assim como também é possível utilizar NFTs nas fotos de perfil ou imagens de publicações. 

Portanto, a estrutura de uma rede social descentralizada é basicamente formada por ferramentas da Web3. Um exemplo de estrutura:

• Dados são armazenados em uma blockchain.
• Contratos inteligentes funcionam no back-end.
• Criptomoedas servem como monetização e recompensa.
• NFTs incorporados aos perfis e demais funções.
• Outros recursos podem ser utilizados, como: mecanismo de consenso para transações e confiança, infraestrutura baseado em chave-pública, integração com dApps, DeFI e mecanismos anti-censura.

Quais as vantagens das redes sociais descentralizadas

Dessa forma, sem dúvidas, o grande foco das redes sociais descentralizadas é no aumento da segurança e da privacidade. 

A tecnologia Web3 fomenta a liberdade de expressão e vai contra a censura. Então, como não há uma autoridade central controlando diretamente as informações em redes sociais descentralizadas, não há como censurar ou controlar o conteúdo.

Isso pode também ser negativo, pois caso não exista uma ferramenta de moderação, pode ocorrer fake news, bullying e demais atividades prejudiciais e criminosas. Uma maneira de auxiliar isso é através de inteligência artificial e contratos inteligentes.

Uma vantagem importante das redes sociais descentralizadas é que elas proporcionam um maior controle financeiro e do conteúdo criado pelos próprios usuários. Assim, usuários podem ganhar recompensas com o conteúdo criado por eles. Outros benefícios incluem maior segurança e transparência.

Desvantagens das redes sociais descentralizadas

As redes sociais descentralizadas possuem diversas desvantagens em relação às redes atuais porque levou anos até que redes sociais como o Facebook, Instagram e Twitter evoluíssem para o estágio atual. Assim, as redes sociais descentralizadas também irão evoluir, mas isso requer tempo.

De fato, no estágio atual, convencer usuários a utilizarem redes descentralizadas ao invés de seus aplicativos atuais é uma tarefa difícil. Existem quatro grandes desvantagens que rodeiam as redes sociais descentralizadas e que limitam sua adoção:

• Familiaridade com recursos da blockchain. A maioria dos usuários não sabem utilizar carteiras de criptomoedas, blockchain e criptomoedas ou possuem certo receio em relação ao financeiro e da volatilidade de criptomoedas..
• Experiência do usuário. Muitos sites baseados em blockchain não são atraentes ou possuem uma interface complicada para novos usuários.
• Escalabilidade. A natureza da descentralização limita a capacidade em lidar com uma grande quantidade de dados e informações.
• Regulamentação. Criptomoedas, NFTs e demais ferramentas baseadas em blockchain ainda não estão regulamentadas ou com padrões globais definidos, sendo um desafio importante para o desenvolvimento e adoção de redes sociais descentralizadas.

Dessa maneira, o desenvolvimento e adoção de modelos descentralizados é gradual, visto que muitas pessoas estão começando a conhecer esses recursos. Assim, mesmo com esse cenário desafiador, muitas redes sociais descentralizadas estão surgindo e ganhando força.

Exemplos de redes sociais descentralizadas

Resonate

Desenvolvida pela Fetch.AI, a Resonate bussca maior independência das redes sociais, assim como também utiliza IA para tornar a experiência mais confiável e segura. Na Resonate, os usuários podem utilizar NFTs, recompensar outros usuários por suas publicações e treinar uma IA para fazer curadoria social.

Mastodon

A Mastodon é uma alternativa ao Twitter, mas que possui código-fonte aberto e também servidores criados pelos próprios usuários. A rede não possui anúncios e cada servidor possui suas próprias regras.

Steemit

A Steemit é, talvez, a mais popular das redes sociais descentralizadas. Apesar de estar mais próxima de ser um blog do que uma rede social, ela funciona de modo parecido com o Reddit, porque os usuários podem criar conteúdo, realizar publicações, criar comunidades, etc. Entretanto, diferente das demais redes sociais centralizadas, a Steemit possui ferramentas de recompensa. Então, quando um usuário cria um conteúdo, seu trabalho pode receber recompensas através da criptomoeda nativa da rede. 

Peepeth 

Por fim, temos a Peepeth. De fato, baseada em blockchain e possuindo alguns membros ilustres, como Vitalik Buterin, a rede social descentralizada Peepeth funciona na rede Ethereum e basta um cadastro pela carteira MetaMask para você acessar. Ela já foi uma das principais redes descentralizadas, mas mesmo com o número de usuários ativos caindo, ainda possui muitos apoiadores.

Conclusão

Compartilhamos com você quatro redes sociais que consideramos importantes para entender melhor sobre essa tecnologia, mas que podem ocupar um lugar de destaque no futuro. Portanto, novas redes sociais descentralizadas estão surgindo por causa do aumento na procura de ferramentas descentralizadas.

Assim, com o desenvolvimento do conceito de ferramentas descentralizadas elas estão indo ao encontro do metaverso, um ambiente descentralizado e que aumenta o grau de imersão dos usuários. Redes sociais descentralizadas podem ganhar um novo impulso com o crescimento do metaverso.

Você pode continuar lendo sobre o metaverso através deste artigo: O metaverso está repleto de oportunidades.

O metaverso nada mais é que um conjunto de tecnologias que torna possível criar experiências imersivas em todas as áreas e que vão além das experiências e práticas comuns. 

Por meio do Agrispace, a Culte está trabalhando para que o agronegócio brasileiro possua um lugar de fala dentro do metaverso.

Saiba mais sobre como sua empresa pode investir no metaverso, clique aqui.

INFORMAÇÕES SOBRE AGRISPACE – O METAVERSO DO AGRO [email protected] ou pelo WhatsApp clicando Aqui!!

Quer ficar por dentro de nossas postagens e notícias, entre em nosso canal no WhatsApp e venha conosco, descobrir o mundo do metaverso